Saiu da prisão nesta quinta-feira (24), o médico Raphael Suss Marques, acusado da morte de Renata Muggiati. A defesa conseguiu uma liminar, que o colocou em liberdade desde que siga medidas cautelares, a começar por uma tornozeleira eletrônica.
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Conforme apurou a Tribuna do Paraná, Raphael saiu do Complexo Médico Penal (COM), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), durante a tarde. Sem nenhum alarde, a defesa conseguiu fazer com que o pedido de Habeas Corpus – que tinha sido negado no final da semana passada – fosse analisado.
Entre os argumentos do advogado de Raphael está o fato de que ele estaria preso mais tempo do que teria sido expedido pela Justiça. A decisão de ser colocado em liberdade, porém, ainda não é permanente e deve ser analisada por desembargadores.
Além da tornozeleira, Raphael Suss Marques vai ter que seguir condições impostas pela Justiça, como: não se aproximar de testemunhas e familiares da vítima, não poderá viajar, não vai poder frequentar bares ou similares e deve estar em casa entre 20h e 06h30. Ele também deve se apresentar todas as vezes que a Justiça pedir.
Ainda nesta quinta-feira, pouco tempo depois de sair da prisão, o médico, que não postava em suas redes sociais desde dezembro de 2016, já estava ativo. Durante a noite, ele postou uma foto dentro de uma academia, durante um treino com um amigo. Algumas pessoas inclusive usaram a rede social para comemorar o fato de o médico estar em liberdade.
Por ter sido uma decisão liminar, a Justiça ainda vai avaliar se Raphael continua em liberdade ou não. Nos próximos dias, os desembargadores devem decidir o futuro do médico e aí sim definem se ele fica solto ou não até o julgamento.
A defesa de Raphael já teve outros pedidos de habeas corpus negados desde que ele foi preso novamente, em dezembro do ano passado, por ameaçar e agredir uma ex-namorada, com quem teve o filho. O rapaz foi condenado, em maio deste ano, pelo crime de violência doméstica.
Segundo a Justiça, Raphael violou regras da liberdade condicional, com o agravante de ter cometido ainda um novo crime. O julgamento sobre a morte de Renata Muggiati ainda não tem data definida e essa foi um dos argumentos usados pela defesa do médico, que se manifestou dizendo que, desde a decretação da prisão preventiva de Raphael, não houve nenhum despacho efetivamente relevante.