Familiares do jovem Ruhan Machado voltaram a protestar no começo da noite desta quarta-feira (24) pela morte do rapaz, que foi baleado em uma ação policial na última segunda-feira (22). Os manifestantes bloquearam o final da Rua da Trindade e o começo da Avenida Presidente Affonso Camargo, duas vias que dão acesso ao bairro Cajuru para quem segue tanto do centro de Curitiba, pela Avenida Prefeito Mauricio Fruet, quanto de Pinhais, pela Paulo Kissula.
Com cartazes pedindo por justiça, e classificando a ação dos policiais como um ‘crime’, os familiares colocaram fogo em pneus na via, bloqueando totalmente a passagem de veículos. A família afirma que o rapaz foi executado por policiais militares, mas a PM rebate, dizendo que Ruhan teria atirado contra os agentes, o que motivou o confronto que resultou na sua morte.
Por volta das 21h30, os manifestantes colocaram fogo em um ônibus, que passava pelo local. Motoristas que tentavam atravessar a barreira montada pelos moradores também chegaram a ser agredidos verbalmente, e um carro teve os vidros quebrados na ação.
Inquérito
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte do jovem. A PM afirma que aguarda a conclusão do laudo pericial da Criminalística. A corporação esclarece que os agentes passaram por avaliações psicológicas e estão afastados das atividades.
Protestos
Na tarde da terça-feira (23), amigos, familiares e moradores do Cajuru bloquearam um trecho da Rua dos Ferroviários e chegaram a entrar em confronto com policiais. A manifestação durou cerca de três horas e o clima no local ficou tenso em diversos momentos.
Já na noite de terça, um segundo grupo destruiu um ônibus da linha Autódromo. O veículo foi abordado pelos manifestantes, que obrigaram todos a desembarcar antes de apedrejarem e atirarem coquetéis molotov no coletivo.
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