Outras quatro mulheres procuraram a Delegacia da Mulher na manhã desta sexta-feira (3) para denunciar o policial militar Peterson da Mota Cordeiro, 30 anos, por estupro. No total, são onze denúncias contra o PM, que também deve responder pela morte de Renata Larissa, de 22 anos, encontrada morta às margens da BR-376, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na última quarta-feira (1).
Conforme a delegada Eliete Kovalhuk, Peterson convencia as mulheres a saírem com ele por meio de redes sociais e, acreditando que seria seguro, por conta da profissão de policial militar, elas não notavam risco algum. Além de gravar vídeos das vítimas, o estuprador agia sempre na região em que o corpo da jovem foi encontrado, de acordo com boletins de ocorrência.
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Na maioria dos casos, ainda segundo a polícia, ele cometia o crime e, antes de deixar as moças em casa, apagava mensagens do WhatsApp e também o contato, para que elas não pudessem denunciá-lo. Em dos boletins registrados uma mulher relatou que ele fez isso, porém esqueceu de “limpar” as chamadas recebidas. Este foi um ponto importante para que a denúncia tivesse êxito. Ao denunciar o crime, a moça passou por exames e tratamento em um hospital de Curitiba.
Caso Larissa
Desaparecida desde o dia 27 de maio, o corpo de Renata Larissa foi encontrado em adiantado estado de decomposição e reconhecido pela família nesta quinta-feira (2) por meio de uma tatuagem de borboleta no ombro e um piercing. Logo em seguida, o diretor geral do Instituto Médico Legal (IML), Paulino Pastre, confirmou a informação por meio de um confronto genético. A delegada Eliete Kovalhuk acredita que Larissa, como era chamada pelos amigos, foi morta na mesma noite em que desapareceu.
O policial, preso no dia 20 de julho, acusado de estupro, é apontado pela delegada Eliete Kovalhuk, da Delegacia da Mulher, como o autor do crime. Desde o dia em que foi preso, uma forte investigação começou, e foi assim que a delegacia chegou até caso de Renata Larissa. Ela teve seus últimos momentos de vida registrados pelo estuprador. Violento e extremamente covarde, a delegada explica que no celular dele foram encontrados vídeos em que a jovem aparecia nua e com as mãos algemadas em meio a um matagal, próximo ao Zoológico de Curitiba, no bairro Alto Boqueirão, mesmo bairro em que o PM morava.
Celular de Peterson tinha vídeos em que Renata Larissa aparecia nua e algemada em matagal