“Vou ter que reinventar o pocotó”, disse o candidato a deputado estadual e ex-vereador de Curitiba, Professor Galdino (PSL), ao receber alta do Hospital Evangélico na tarde desta quarta-feira (29). Segundo o boletim atualizado do hospital, Galdino fraturou uma das vértebras ao levar um chute enquanto fazia campanha no Centro de Curitiba. O ferimento, porém, não é sério e ele foi liberado para se recuperar em casa, mas agora vai ter que se controlar nos passos empolgados que costuma dar.
“Não foi a primeira vez que me espancaram, então estou acostumado. Mas isso não vai fazer com que eu me cale, principalmente porque o médico disse que, embora eu tenha que me cuidar, posso continuar minha campanha”, disse Professor Galdino em entrevista à Tribuna do Paraná na saída do 1º Distrito Policial (DP), onde registrou o boletim de ocorrência do ocorrido.
Galdino contou que, no momento do ataque, passava pela Rua XV de Novembro normalmente, como sempre faz. “Eu defendia, como tenho feito desde o começo dessa minha campanha, o Bolsonaro (candidato a presidência) e o Felipe Francischini (candidato a deputado federal). Do nada veio um rapaz e chutou com tudo as minhas costas, me jogando na rua”, disse o ex-vereador, completando que ao cair, apagou. “Perdi a consciência e não lembro de mais nada, só quando já estava na ambulância”.
Antes de fugir, o homem que teria o atacado também teria destruído seu material de campanha. “Saiu correndo, destruiu a bicicleta que usávamos e quebrou a caixa de som da gente. Agora esperamos que a polícia o encontre, mas sabemos que vai ser difícil”, comentou Galdino, reforçando que acredita que o autor aparentava ter aproximadamente 30 anos, pertencia a um grupo de punks, tinha o cabelo tingido de loiro, com o rosto tatuado e piercing.
Galdino disse que não se assustou com o ataque e que, embora a orientação do médico seja a de que ele permaneça em repouso, vai continuar sua campanha. “Vou ter que diminuir o fluxo dos meus pulos e da brincadeira que faço enquanto converso com as pessoas, como a dança do pocotó, vou ter que reinventar”, brincou o candidato a deputado estadual.
O político falou que está acostumado a ser atacado e que isso, para ele, já se tornou algo comum. “Me acusaram de tudo já, mas não conseguiram provar nada até agora. Sou um político acostumado a trabalhar olho no olho com as pessoas, sem fugir igual os outros costumam fazer. Também não dou dinheiro a ninguém, por isso incomodo tanto”, desabafou.
Galdino disse que vai continuar falando de Bolsonaro e de Felipe Francischini. “Embora seja alvo de muito xingamento, não xingo e nem ataco ninguém. Mesmo assim, não vou deixar de defender o Bolsonaro, estamos num país democrático, não vou mudar meu posicionamento. Não tenho medo, tenho coragem e isso me deixou mais forte ainda”.
Ele ficou em observação e os médicos confirmaram que a pequena fratura não comprometeu sua coluna nem seus movimentos, por isso foi liberado, mas deve continuar sendo acompanhado. Agora com o registro da queixa, a Polícia Civil vai investigar o ocorrido e logo pode trazer novidades sobre o que for descoberto.
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