O julgamento dos seis últimos envolvidos na selvageria no Couto Pereira, em dezembro de 2009, acabou na madrugada desta sexta-feira (17). Com a decisão do júri, quatro acusados foram condenados por tentativa de homicídio e saíram presos do Tribunal do Júri. Entre os presos está Reimackler Alan Graboski, que já foi presidente da torcida organizada Império, do Coritiba.

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A decisão foi tomada por volta das 2h, depois de aproximadamente 17 horas de julgamento. Alan Garcia Barbosa e Renato Marcos Moreira tiveram penas menores. Eles foram condenados a pouco mais de dois anos de prisão, por lesão corporal.

Já Reimackler, Adriano Sutil Oliveira, Gilson da Silva e Sidnei Cesar de Lima tiveram a decisão mais grave. Eles foram condenados a quase oito anos em regime fechado, por tentativa de homicídio, e saíram do Tribunal do Júri presos.

O júri

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O Tribunal de Júri desta sexta-feira foi composto por sete jurados – seis homens e uma mulher – e a audiência presidida pelo juiz Tiago Flores Carvalho. A acusação que levou ao julgamento consistia na agressão violenta contra três policiais militares: Ricardo Luis Gomyde, Jean Oliver Plinya e Sivéria Koniuchowicz.

Várias testemunhas foram ouvias, entre elas três PMs, dois dos que acabaram feridos. O soldado Gomyde, que chegou a desmaiar em campo, contou o que passou e disse ter ficado afastado das funções pelas agressões. O policial teve o nariz quebrado e perdeu dois dentes.

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Selvageria

A confusão aconteceu depois do jogo do Coritiba com o Fluminense, na última rodada do Brasileirão, que acabou em empate combinado ao rebaixamento do Coritiba. A queda foi o estopim da maior batalha campal já vista em um estádio paranaense. A partida de futebol, que acabou em confronto, manchou o centenário do clube.

No gramado do estádio, nas arquibancadas, na rua e em diversos pontos da cidade, torcedores brigaram entre si e com policiais. Alguns dos envolvidos condenados nesta sexta-feira cumpriram prisão preventiva no Centro de Triagem de Piraguara, na Região Metropolitana de Curitiba, mas foram liberados seis meses depois. Além dos seis condenados, outros sete identificados na confusão já foram julgados, mas com penas brandas.