Condenado por estelionato, homicídio, roubo e corrupção ativa, Marcelo Machado Maximiliano, de 42 anos, foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (25). No momento da prisão ele estava trabalhando em um escritório de advocacia criminal no bairro Alto da Glória, em Curitiba. Por prestar serviços no local, Marcelo, que é conhecido como Dunga, tinha acesso a processos e informações internas do Poder Judiciário. Ele estava foragido e suas condenações superam 49 anos de reclusão.
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“Nós tínhamos informações que ele estava trabalhando em um escritório de advocacia. Inclusive, a advogada que trabalha no escritório chegou a atender um bandido faccionado, e ao fazermos a extração de dados deste cliente, nós encontramos fotos dos nossos policiais para que fossem repassadas aos comparsas de facção. Os bandidos sabiam quem era quem e não sabemos se para um possível atentado ou para conhecimento para a prática de crimes”, disse Rodrigo Brown.
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O delegado ainda acredita que os advogados coletavam depoimentos de policiais em vídeos – que ficam disponíveis em processos – e placas de viaturas descaracterizadas. “Passamos a investigar o que Dunga fazia trabalhando neste escritório, já que ele tinha acesso a documentos sigilosos, procedimento judiciais, processos. Certamente ele tinha acesso e nós vamos continuar com esta investigação”, finalizou.
Vida bandida
Além das condenações, Dunga também é suspeito de participar do roubo de doze carros de luxo em uma concessionária, no dia 21 de dezembro de 2018. Ainda conforme a polícia, os veículos seriam usados em um novo arrebatamento de presos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I). Ele ainda teria sido flagrado por câmeras de segurança em um posto de combustível, mesmo local em que uma caminhonete Trailblazer foi localizada pela Guarda Municipal, já com placa fria.
Dunga permanece preso e à disposição da justiça.
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