O exame de conjunção carnal, feito pela Polícia Científica, confirmou que de fato houve sexo entre a professora de inglês Amanda Caroline Goulart Ramos, 27 anos, e um motorista do Uber, no último dia 30 de outubro. Ela denunciou que foi estuprada, mas o rapaz alega que a relação foi consensual. Apesar do laudo, a polícia ainda apura se realmente o caso se trata de um estupro ou não.

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À reportagem, a Polícia Civil informou que a Delegacia da Mulher, responsável pelo inquérito, não vai se posicionar até que as investigações sejam concluídas. A intenção da especializada é evitar que alguma informação atrapalhe o que os policiais já descobriram.

Além da confirmação do ato sexual, o laudo da Polícia Científica também atestou que Amanda era virgem. “Na verdade, eram duas informações que nós já sabíamos, pois ela disse tudo isso no depoimento que fez à polícia. Inclusive, o depoimento dela bate com o que foi dito pelo motorista, que em momento algum negou que os dois transaram”, disse o advogado Mauricio Zampieri, que representa o rapaz que dirigia para o Uber.

Segundo o advogado que defende Amanda, a professora teve que sair de Curitiba depois que a denúncia ganhou repercussão. “Ela está passando por um transtorno psicológico muito grande e é lógico que isso ia acontecer. Está sendo acompanhada por psicólogo e teve que se ausentar da cidade para evitar ainda mais transtornos”, explicou Edson Facchi.

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Sobre o ato sexual ter sido consensual ou não, o advogado de Amanda afirmou que já esperava que o motorista do aplicativo diria isso à polícia. “É o que ele alega e imaginávamos que isso ia surgir, pois é a versão dele. Mas a Amanda não tira o pé de que foi violentada e isso vai ser provado durante o andamento do inquérito”, declarou. Ouça um trecho da entrevista com Edson Facchi:

https://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2017/11/edson-facchi-sonora.mp3?_=1

Para o advogado que representa o motorista do Uber, o laudo apenas confirmou o que todos já sabiam. Segundo Mauricio Zampieri, Amanda estava consciente e teria até mesmo passado dois contatos de celular para o rapaz antes de sair do carro, o que não seria possível se ela realmente estivesse embriagada como alegou em depoimento e em entrevista à Tribuna do Paraná. Ouça um trecho da entrevista com Mauricio Zampieri:

https://www.tribunapr.com.br/wp-content/uploads/sites/1/2017/11/MAURICIO-ZAMPIERI-01.mp3?_=2
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O rapaz foi excluído do aplicativo logo depois que houve a denúncia. Ele está sem trabalhar e, segundo o advogado, continua disposto a colaborar com a Justiça. “É um rapaz trabalhador, tanto que saiu da casa da Amanda e depois fez ainda mais de dez corridas normalmente. Se ele tivesse cometido um crime dessa gravidade, não teria continuado a trabalhar”.