Um homem foi preso pela Delegacia da Mulher de Curitiba no interior de São Paulo, acusado de matar a ex-companheira estrangulada por suspeitar que ela estaria o traindo. Após cometer o crime, ele fugiu para a capital paulista a pé, e levou cinco dias para percorrer os 425 km e chegar à cidade.
Emerson Rodrigo Von Schmid, de 39 anos, é suspeito de matar Rosemare Aparecida Neves, 43 anos, no dia 22 de março deste ano. O crime aconteceu dentro de um hotel, localizado na região central de Curitiba. O homem foi preso na casa da nova namorada em Santa Rita do Passa Quatro, cidade que fica a 250 km de distância de São Paulo, sem os documentos, que foram apreendidos pela polícia no dia do crime.
De acordo com informações levantadas na época do crime, o casal sempre frequentava o hotel e, naquela noite, Schmidt teria deixado o estabelecimento durante a madrugada dizendo que sairia para fazer um lanche, mas não retornou. Desconfiados, os funcionários do hotel usaram uma chave reserva para entrar no quarto e encontraram a vítima deitada na cama com marcas de estrangulamento.
“Eles teriam discutido porque a vítima, Rosemare, teria recebido duas mensagens no celular. Ela estava no banho e ele viu de quem se tratava, de outros relacionamentos dela, e foi tirar satisfação. Neste momento ela o chamou de chifrudo, por três vezes e deixou-o com raiva. Na sequência ele a asfixiou. Em breve teremos também o resultado do confronto, para saber se o material encontrado é dele”, explicou a delegada Eliete Kovalhuk, titular da Delegacia da Mulher.
Algumas pessoas foram ouvidas pela delegada, entre elas familiares e uma amiga próxima, e ela explicou que a maioria informou que o casal não mantinha um relacionamento estável, público e notório. “Ele veio de São Paulo pra cá para ficar com ela, contudo, a família não sabia da existência dele, não foram apresentados. Temos indícios de que ele já era agressivo com ela, tivemos duas situações em que ele teria a ameaçado e agredido fisicamente”, completou.
Rosemare não chegou a fazer uma denuncia formal relatando a violência que teria sofrido antes, de acordo com a família. Em depoimento à polícia, Emerson negou os fatos ditos pela família e disse que o relacionamento era público e estável. Por outro lado, ele confessou o crime e disse que não admitiu a traição. Ele responderá por homicídio qualificado, incluindo feminicídio, que tem pena entre 12 e 30 anos.
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