Um homem de 38 anos foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira (26) com milhares de imagens e vídeos envolvendo pedofilia. O caso foi investigado pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), e a prisão do suspeito aconteceu no bairro Guabirotuba, em Curitiba.
De acordo com o delegado da especializada, Demétrius Gonzaga, com o homem foram apreendidos um notebook, dois celulares e diversos CDs e DVDs com material pornográfico infantil. “Sabemos que tinham mais de mil arquivos, mas esse número pode chegar a centenas de milhares envolvendo crianças de 10, 11 anos. Entre essas imagens estão cenas de crianças sendo induzidas a se despirem na frente das câmeras e outras mais grotescas em que as crianças são forçadas a ter relações sexuais com adultos”.
Segundo o delegado, a apreensão desse material e prisão do suspeito aconteceram devido ao trabalho de monitoramento constante realizado pelo Núcleo. “Acabamos chegando a uma conexão que apresentava um volume muito grande de materiais envolvendo crianças e adolescentes com conteúdo sexual. Então, fizemos um pedido ao Ministério Público e Judiciário solicitando a quebra de sigilo dessa conexão, o que nos forneceu o endereço e o nome da pessoa”, conta.
Com as informações, a equipe do Nuciber cumpriu o mandado de busca e apreensão na manhã de hoje e conseguiu prender o suspeito em flagrante. “Nos deparamos o sujeito baixando esse material e deixando disponível para que outras pessoas também pudessem acessar. Agora, ele está preso à disposição da justiça e as investigações continuam para descobrirmos de onde vinham as imagens e quem as produzia”.
Cuidado, pais!
Infelizmente, essa situação é frequente, o que exige muita atenção dos pais. “Apenas esse caso pode envolver milhares de crianças abusadas e até mortas depois dá prática. Por isso, os pais precisam estar cientes do perigo que é deixar uma criança ou adolescente sozinho com uma tecnologia que permite exibição de imagens e relacionamentos com pessoas que não conhece”, pontua.
Além disso, o delegado aconselha os responsáveis a não deixarem os adolescentes colocarem senha no telefone e no computador. “Os filhos não têm maturidade pra saber a intenção de quem ele está conversando, então os pais precisam monitorar o uso essas tecnologias antes que a polícia precise intervir”, finaliza.
