Preso desde setembro de 2016, acusado de assassinar o médico Roberto Savytzky no bairro Bigorrilho, em agosto de 2016, Wellington Vinícius Paris, 29 anos, foi solto na tarde desta sexta-feira (17), por determinação judicial. A audiência aconteceu das 14h às 16h30 no Centro Judiciário Santa Cândida. De lá, o rapaz retornou para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), onde encontrou seus familiares e seguiu para casa.
De acordo com o advogado Cláudio Dalledone Junior, o rapaz era paciente do médico e uma testemunha afirmou que ele teria ido até o apartamento da vítima no dia do crime. “É um rapaz inocente, preso injustamente e que está pagando por um crime que não cometeu. Pedimos o habeas corpus com base numa série de fatos novos, o que fez com que o caso passasse por uma reviravolta e o juiz ordenasse a soltura de Weelington. É uma vitória da justiça”, disse Dalledone Junior.
Veja a entrevista com o advogado Cláudio Dalledone Junior:
Ângela Paris, esposa do suspeito, garante que na noite do crime seu marido estava com ela em casa. “Nós estávamos jantando juntos. A gente não costuma sair muito, então sempre eu estava com ele. Sem contar que o Tom estava sem carro e tem problemas sérios nos pulmões, então ele não teria forças pra matar uma pessoa”. A jovem também afirma que o marido sempre era atendido na clínica do médico é que as imagens das câmeras de segurança mostram outro homem. uma pessoa com estatura diferente. “Meu marido é muito magro e tem 1,90m de altura. A pessoa do vídeo era mais larga e tinha 15cm a menos de estatura”.
Veja a entrevista com a esposa Ângela Paris e o acusado Wellington Vinícius Paris:
Segundo Dalledone, uma perícia confirmou essa informação, o que foi determinante para que o acusado pudesse responder em liberdade. “Hoje a juiza deferiu também que seja realizada outra perícia colhendo material biológico das unhas do doutor Sérgio para um comparativo”. A próxima audiência acontecerá em maio, quando devem ser apresentados os resultados.
Entenda o caso
O médico Sérgio Roberto Savytzky foi encontrado morto em seu apartamento dentro de um condomínio no bairro Bigorrilho. No local, ele apresentava marcas de asfixia mecânica, não havia sinais de luta no local. Além disso, seu celular e o carro foram roubados, o que caracterizou o crime como latrocínio.
Segundo o delegado Emmanoel David, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), foram encontradas provas – em documentos e na agenda do médico – de que Wellington esteve no consultório pelo menos quatro vezes em 2015 e uma vez em 2016. Ele foi preso após o relato de testemunhas. “Na ocasião, os porteiros do prédio o reconheceram. Só que agora o inquérito policial foi concluído e não podemos nos manifestar em ação penal porque não temos conhecimento da situação do caso atualmente”, explicou.