A morte da adolescente Alessandra Carolina Almeida de Souza, 15 anos, foi por engano. A informação foi confirmada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (29), que divulgou ainda que o crime foi ordenado de dentro do sistema penitenciário por Ewerton Adriano da Silva, 27, que responde por tráfico de drogas na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP).
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“Do lado de fora, dois adolescentes foram os executores dos disparos. A questão principal é que o objetivo de Ewerton não foi cumprido, pois o adolescente que ele queria que fosse morto não estava no grupo junto com Alessandra”, explicou o delegado Cássio Conceição, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O motivo do crime, segundo a polícia, foi por causa do tráfico de drogas. “O assassinato do adolescente seria um acerto de contas, mas acontece que nem a menina que morreu e nem os outros cinco que estavam com ela eram os alvos”.
Denúncias ajudaram
Os policiais da DHPP chegaram até os dois adolescentes suspeitos do crime a partir das informações passadas pelo disque-denúncia da especializada. “Recebemos muitas denúncias, todas muito certeiras. A partir do que nos foi passado, chegamos até um dos adolescentes e no celular dele encontramos as mensagens que trocou com o mandante do crime, pedindo que o assassinato fosse feito”.
Um dos rapazes que executou o crime tem 15 anos, foi apreendido e deve continuar recolhido. A DHPP agora procura pelo outro adolescente, que também participou da execução dos disparos. “Já o mandante, que estava preso, vai responder agora por homicídio e tentativa de homicídio”, disse o delegado.
Relembre
O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de julho, em frente a uma distribuidora de bebidas na Rua Eduardo Pinto da Rocha, no Alto Boqueirão, em Curitiba. Os cinco jovens estavam juntos, a caminho de uma festa, quando foram baleados. Alessandra morreu na hora e os outros foram socorridos em estado grave, mas sobreviveram.
O assassinato foi registrado por câmeras de segurança, que filmaram o momento dos disparos. Para a polícia, os dois executores do crime acharam que o alvo estava no local, mas se confundiram.
