Várias equipes policiais amanheceram em função de uma nova operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (21). Conforme apurou a Tribuna do Paraná, a ação policial busca combater a ação de arrombamentos a caixas eletrônicos. São 35 mandados de prisão temporária e 37 de busca e apreensão. Pelo menos oito policiais militares foram presos.
Além do efetivo do Gaeco, não só de Curitiba, mas também de outras regiões do Paraná e de Santa Catarina (SC), várias equipes da Polícia Militar (PM), como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), participam da ação. Além dos mandados na capital, os policiais também buscam prender suspeitos e apreender drogas e armas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
As ações são realizadas dentro da Operação Vídea, que investiga uma organização criminosa envolvida em assaltos a cofres de empresas e caixas eletrônicos e também em tráfico de drogas. Entre as prisões, 21 são contra pessoas investigadas por participar de organização criminosa que praticava assaltos a cofres de empresas e caixas eletrônicos e 14 por ligação ao tráfico de drogas. Algumas das pessoas atuam em ambas as atividades, conforme o Gaeco.
Os oito policiais militares foram presos suspeitos de dar cobertura aos assaltos a cofres e caixas eletrônicos. “Eles, praticamente, facilitavam as ações ou faziam vista grossa. Em alguns casos, não iam para a ocorrência, afirmando que tinham outra situação para atender, por exemplo”, explicou o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti. Entre os policiais presos, três eram sargentos.
Ainda de acordo com o Gaeco, a organização criminosa tinha como principais núcleos de atuação os municípios de São José dos Pinhais, na RMC, e Joinville (SC). Eles agiram em, pelo menos, 11 situações e eram silenciosos, sem explosões e sem maçaricos. “Usavam uma furadeira eletromagnética que não fazia barulho algum. Podemos dizer que este era o verdadeiro emprego da quadrilha”.
No Paraná, as prisões e os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Colombo, Campo Magro e Campina Grande do Sul. Já no Estado vizinho, os policiais atuaram em Joinville.
Foram apreendidos equipamentos utilizados nos crimes, como as furadeiras usadas para abrir os cofres, veículos, drogas, dinheiro e armas. As prisões são em caráter temporário, de cinco dias, mas o Gaeco acredita que devem ser prorrogadas ou passadas para a preventiva. Além dos 35 presos pelos mandados, outras três pessoas foram detidas em flagrante.
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) informou, através da assessoria de imprensa, que contribuiu com as investigações do Gaeco e repassou todas as informações necessárias. A PM disse que não compactua com desvios de conduta de seus integrantes e que sempre que há algum caso de denúncia envolvendo policiais militares, isso é apurado. A PM vai investigar os fatos e as responsabilidades, mas disse que garante ao policial militar a ampla defesa e o contraditório.