Vai vazar?

Substituta de Moro também teve celular hackeado

Foto: Colaboração/Eduardo Matysiak

A juíza substituta da Lava Jato Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, informou em nota, nesta quarta-feira (12), que também teve o celular invadido “na mesma época e aparentemente pela mesma pessoa/grupo que invadiu os aparelhos dos procuradores” da força-tarefa do Ministério Público Federal.

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Hardt foi responsável pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em fevereiro deste ano, no processo do sítio de Atibaia. O petista foi sentenciado a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo o comunicado, a magistrada teve o aplicativo de mensagens Telegram acessado indevidamente. “A juíza não verificou informações pessoais sensíveis que tenham sido expostas e entende que a invasão de aparelhos de autoridades públicas é um fato grave que atenta contra a segurança de Estado e merece das autoridades brasileiras uma resposta firme. Da mesma forma, a juíza federal espera que o Poder Judiciário, do qual faz parte, perceba tal gravidade e adote medidas firmes para repelir tais condutas”, diz a nota.

O fato foi comunicado à Polícia Federal, que já investiga a ação de hackers que invadiram os telefones do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do chefe da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol.

Dodge pede à PF investigação única contra ataques cibernéticos ao MPF

Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, mostrou preocupação com os ataques à juízes e procuradores da Lava Jato. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná
Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, mostrou preocupação com os ataques à juízes e procuradores da Lava Jato. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ofício nesta quarta ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, solicitando a unificação da investigação em relação aos ataques cibernéticos criminosos contra membros do Ministério Público Federal (MPF).

No documento, a PGR ressalta que considera necessário adotar uma linha de investigação que possa esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do MPF, principalmente aqueles que atuam nas forças-tarefas da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba.

Em um segundo ofício, Raquel Dodge solicitou à PF a instauração de inquérito policial para apurar uma possível invasão ao celular do conselheiro Marcelo Weitzel, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

No intuito de dar celeridade às investigações, a procuradora-geral da República encaminhou à Polícia Federal cópias de documentos para subsidiar a apuração desses crimes. Ela também solicitou ao diretor-geral informações sobre o atual estágio das investigações relativas à invasão das contas dos membros no aplicativo Telegram.

No ofício, Raquel Dodge pontua que a ação criminosa resultante dessa invasão da conta dos membros, ou o chamado “sequestro” de identidade dentro do aplicativo, tornou-se de conhecimento público a partir de recente divulgação, pela mídia, de dados e informações coletados de forma ilícita de celulares de membros do MPF.

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