Eliana Benedita Correa, uma das presas na operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na sexta-feira (20), é funcionária da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A mulher, que é investigada como suspeita de participar das ações criminosas que uma quadrilha cometia, entre elas ataques a carros-fortes e explosões a caixas eletrônicos, recebe um total de R$ 13.888,96 bruto.
Como o cargo de Eliana é comissionado, ainda não se sabe como fica a situação da servidora. A mulher seria namorada de um dos integrantes da quadrilha e foi presa junto com ele. Através da consulta do portal da transparência, foi possível ver que Eliana faz parte da Comissão de Ecologia, Meio Ambiente e Proteção aos Animais.
As investigações do Cope concluíram que o grupo era suspeito de explodir uma agência bancária em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na quarta-feira (18). Além disso, os policiais desconfiam de pelo menos outras seis ações da quadrilha, entre elas até mesmo a participação no ataque cinematográfico aos carros-fortes em Palmeira, nos Campos Gerais, em fevereiro deste ano.
A ação policial aconteceu em Curitiba e RMC. Junto com Eliana, outras quatro pessoas foram presas. Com o grupo, os policiais do Cope apreenderam quatro carros de luxo e uma pistola. Além da servidora pública, entre os detidos estava um vigilante que trabalha numa empresa de segurança e, segundo a polícia, dava apoio à quadrilha observando a movimentação policial. Além deles, outras duas pessoas não foram encontradas e estão foragidas da Justiça.
‘Bebezão’ é o chefe
A investigação do Cope começou logo depois de uma explosão de um caixa eletrônico em outubro de 2017 também em Rio Branco do Sul. No mesmo dia, a Polícia Militar (PM) prendeu Éderson Machado Correia, conhecido como “Bebezão”. Com ele os policiais apreenderam um fuzil, colete a prova de bala, munição e uma sacola com dinheiro picado.
No momento da prisão, “Bebezão” conseguiu quebrar o aparelho celular, mas os policiais do Cope, no entanto, conseguiram recuperar grande parte dos dados armazenados no telefone. Pouco a pouco, o setor de inteligência da Polícia Civil começou a identificar cada um dos integrantes da quadrilha e culminou com a deflagração da operação.
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