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Foragido suspeito de matar dois homens em Curitiba é preso na fronteira com a Argentina

O suspeito já havia sido preso em Curitiba, após as mortes, mas fugiu em junho deste ano. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

O suspeito de um duplo homicídio ocorrido em maio deste ano, em Curitiba foi apresentado na tarde desta terça-feira (8) pela polícia. Ronaldo Pinheiro, 26 anos, conhecido como “Polaco”, estava foragido e foi recapturado na semana passada em Santo Antônio do Sudeste (PR), fronteira entre Brasil e Argentina, depois de ser acusado de matar Eder Carlos da Silva, 37 anos e Rodrigo Caetano de Souza, 30 anos, no dia 20 de maio de 2019, no Alto Boqueirão. A prisão foi efetuada por meio de uma parceria entre as polícias civil e militar. O suspeito já havia sido preso em Curitiba, após as mortes, e estava detido na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas, em junho deste ano, conseguiu fugir por um buraco na cela. A busca pelo paradeiro dele ocorre desde então.

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Segundo o delegado Tito Barichello, da DHPP, Ronaldo Pinheiro é perigoso e, antes das mortes no Boqueirão, já cumpria pena em Francisco Beltrão, no Interior do Paraná, por latrocínio na casa de um Bombeiro Militar, lesão corporal deixando a vítima com sequelas e roubo. Ambos os crimes em Beltrão. Ele também era foragido do sistema prisional daquela cidade desde 2013.

Delegado Tito Barrichello, da DHPP. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.
Delegado Tito Barrichello, da DHPP. Foto: Atila Alberti/Tribuna do Paraná.

“De alguma forma, ele veio para Curitiba e ocupou espaço no tráfico de drogas do Alto Boqueirão. É algo que não costuma ocorrer, pois os traficantes não recebem assim ninguém de fora. Mas ele conseguiu e os homicídios têm relação com acerto de contas. As vítimas foram levadas até o local das mortes e foram executadas. Os disparos foram de cima para baixo”, disse o delegado.

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Ainda de acordo com a investigação, o local no Alto Boqueirão era uma rua de terra, que dá acesso ao zoológico, e os sapatos das vítimas estavam limpos. “Indica que Eder e Rodrigo foram levados até lá. A polícia refez o caminhos deles, com a ajuda de um celular, e descobriu que eles haviam pego carona com o Polaco. No início, nós não tínhamos a identidade do Polaco. Depois que descobrimos, vimos que ele já era foragido pelos crimes de Beltrão. Depois que ele fugiu da DHPP, o trabalho em conjunto com a Polícia Militar nos permitiu realizar a prisão na fronteira com a Argentina. Ele, inclusive, estava vivendo em San Antonio, no país vizinho. Mas nós aguardamos a oportunidade dele entrar no Brasil para prendê-lo”, concluiu Barichello.

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Pelos outros crimes cometidos, Ronaldo Pinheiro já foi condenado a 51 anos de prisão. Agora, com o processo de duplo homicídio, ele pode pegar, por cada morte, de 12 a 30 anos. O suspeito segue preso e à disposição da Justiça. Segundo a polícia, ele deve ser reencaminhado para o sistema prisional de Francisco Beltrão na quarta-feira (9).

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