Um homem foi preso ao se entregar para a polícia, acompanhado de sua mãe, durante a noite desta quarta-feira (15). De acordo com a polícia, Carlos Eduardo Borges, 30 anos, é suspeito de tentar assaltar uma investigadora da Polícia Civil no bairro Novo Mundo, em Curitiba, no último sábado (11). O homem, no entanto, foi preso pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) porque tinha também um mandado de prisão em aberto por roubo.

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Todos os suspeitos do crime contra a investigadora fazem parte da mesma família e um deles morreu no local. Em imagens de câmeras de segurança é possível ver os criminosos abordando o veículo em que a policial estava, e ela reagindo com disparos. Um deles, Eduardo Minair de Araújo, de 27 anos, foi atingido e morreu no local. O outro homem, que seria Carlos, conforme a polícia, também foi atingido, mas conseguiu fugir.

“Ele nega que estava armado, mas a investigadora visualizou a arma. Nas imagens de segurança é possível ver. Carlos Eduardo resolveu se entregar porque estava ferido. A investigadora agiu corretamente, dentro dos princípios legais da legítima defesa, já que corria risco eminente de vida”, explicou o delegado Luiz Alberto Cartaxo, da DHPP.

Crime em família

No carro dos suspeitos também estavam a esposa de Eduardo, morto no episódio, Danielle Ramos Pereira, 30 anos, e Juliana Cristina Prado de Araújo, 25 anos, esposa de Carlos Eduardo, juntamente com seus filhos, uma criança de três anos e outro de um ano. “Foi um momento de desespero, porque a gente não tinha nada em casa. Eu não estava armado, nem meu cunhado, que morreu no local. A gente queria levar o celular dela pra vender. Minha mãe me trouxe ontem à noite pra me apresentar, mesmo baleado no braço”, explicou Borges.

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As duas mulheres que estavam no carro tem passagens pela polícia por furtos. Elas foram ouvidas e liberadas. Em depoimento à polícia uma delas alegou que estava “precisando de dinheiro”. O inquérito será concluído pela delegacia após o término das diligências e será enviado ao Ministério Público. O suspeito aguarda preso, à disposição da Justiça.

Delegado tem outra explicação

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De acordo com Cartaxo, a desconfiança é que os quatro cometeram o assalto atrás de dinheiro para comprar drogas. “As mulheres que estavam no local dizem que ficaram dentro do carro, mas uma delas estava do lado de fora acompanhando. Duas crianças no carro e o desespero pela droga é tão grande que a presença delas não importava para eles”, relatou.

As crianças que estavam no veículo permaneceram com as mães, de acordo com a polícia, porque elas não foram presas, já que a divisão está apurando completamente os fatos. “A Justiça deve decidir se elas serão presas ou não”, finalizou Cartaxo.

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