Pedido de providências

Familiares de bancária executada na frente do neto fazem passeata

Divulgação / familiares

Familiares e amigos da bancária Valdeliz Alberti Baumel, 52 anos, assassinada na frente do neto de seis anos, em abril do ano passado, fizeram uma carreata na manhã deste sábado, para chamar a atenção das autoridades policiais e do judiciário, para que agilizem a investigação do caso. Um ônibus cheio e pouco mais de 10 carros saíram às 7h da Lapa e foram em direção à delegacia de Pirabeiraba (SC), cidade onde ela foi assassinada.

Depois de sair da Lapa, o grupo pegou a rodovia em direção à Santa Catarina. Primeiro, pararam em frente ao prédio onde a bancária residia e foi executada. Depois, seguiram até a delegacia local, que estava com as portas fechadas. Caso o delegado não aparecesse por lá, seguiriam até a delegacia central de Joinville, para que não encerrassem a carreata sem nenhum posicionamento oficial da polícia.

Falta de provas

Um familiar da vítima disse que o inquérito foi concluído pela delegacia de Pirabeiraba (que é um distrito de Joinville), apontando o ex-genro de Valdeliz como suspeito do crime. Ela, inclusive, já tinha feito um boletim de ocorrência contra ele, semanas antes do crime. O Ministério Público recebeu o inquérito, mas não ofereceu denúncia contra o suspeito alegando insuficiência de provas. Assim, devolveu o inquérito à polícia, pedindo que as investigações sejam reabertas e aprofundadas.

Apontado como suspeito, o genro de Valdeliz deu entrevista a um jornal de Araucária, onde reside e trabalha, alegando que não tem nada a ver com o homicídio. Ele disse que tem provas de que estava em Araucária e não saiu de lá, no dia do crime.

Parentes afirmam que a família não sabe exatamente o conteúdo do inquérito. Apesar de todo crime de homicídio ser considerado de conhecimento público, a Justiça decretou o sigilo no processo, por envolver o depoimento de uma criança, no caso, o neto da vítima. Por isto, a família têm dificuldades em saber os detalhes da investigação. Apenas sabem que a polícia está aguardando a Justiça decretar a quebra de sigilo telefônico do suspeito, para aprofundar as investigações contra ele.

“Esse silêncio (por causa do processo em segredo de Justiça) está matando a família. Os irmãos dela, a mãe dela, uma senhora de 80 e poucos anos, estamos todos agoniados”, relatou um parente da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado.

Gerente em Araucária

A família de Valdeliz é da Lapa. Mas ela, que é natural de Curitiba, residia com o marido em Contenda. Por muitos anos, ela foi gerente de uma agência do banco Itaú de Araucária, até ser transferida para a agência de Pirabeiraba (SC).  Ela passava a semana na cidade e, nos fins de semana, voltava para Contenda, para ficar com o marido.

Já faz quase um ano

O homicídio ocorreu no dia 14 de abril no ano passado. Valdeliz saía do prédio em que morava, na Rua Olavo Bilac, em Pirabeiraba, com o neto, para levá-lo à escolinha. Segundo as investigações, o ex-genro teria abordado a bancária e mandado ela sair do carro. Em seguida, ele teria dado um tiro na nuca da vítima, que morreu caída atrás de seu carro. A criança de seis anos, que seria filho do suspeito, assistiu a tudo.

 

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