Após confirmação do Instituto Médico-Legal (IML) de que o corpo encontrado num barranco da Estrada da Graciosa, na Serra do Mar, no fim da tarde da última sexta-feira (11) é mesmo o da jovem Andriely Gonçalves da Silva, 22, a família finalmente, vai poder dar um enterro digno à moça.
Abalada, a mãe de Andriely, Cleuza Gonçalves, conversou rapidamente por telefone com a reportagem da Tribuna do Paraná e afirmou que “finalmente poderá levar sua filha para o lugar que sempre quis”. Entre o alívio por ter encontrado Andriely e a dor da perda, as palavras foram poucas. “Não sei o que dizer. Ainda não sabemos muito bem como reagir agora”, disse, quando perguntamos como a família se sente.
Moradores de Morretes, no litoral do estado, os parentes de Andriely vieram à Curitiba na manhã desta segunda-feira para trazer as radiografias das arcadas dentárias da jovem, que possibilitaram a identificação do corpo pelos legistas. A família deve voltar para Morretes nesta tarde, segundo Cleuza. O local do sepultamento de Andriely deve ser definido ainda nesta segunda-feira.
Sobre a responsabilidade pela morte da jovem, Cleuza afirmou ter certeza de que a ação partiu do ex-marido da moça, o policial militar Diogo Coelho da Costa, com quem ela se relacionou por quatro anos e que está preso desde o dia 19 de maio.
“Ele é inocente”, afirma advogado
A Tribuna do Paraná também conversou com Luiz Eduardo Goldman, advogado de Diogo, que informou ao policial, por telefone, sobre a confirmação do IML. Diogo, que está preso no Batalhão da Guarda de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, ficou extremamente abatido após receber a notícia, segundo Luiz. “Ele chorou muito do outro lado da linha e disse agora perdeu tudo: o casamento, a mulher e a liberdade”, disse.
O advogado afirmou que o policial ficou “pior do que já estava” e que desabafou ao telefone, dizendo que “ainda tinha alguma esperança com ela, mas que isso acabou agora” e que “perdeu tudo e ainda está sendo culpado por isso”. Segundo Luiz, o policial teve a dose de medicamentos para depressão – prescrita após sua prisão – duplicada por conta dos acontecimentos.
Sobre a responsabilidade de Diogo, o advogado afirmou que a confirmação da identidade de Andrielly não torna o policial cuplado. “O Diogo continua inocente”, disse.
O laudo do IML que confirma a identidade do corpo de Andriely será concluído e devidamente encaminhado à delegacia de Alto Maracanã, em Colombo, que preside o inquérito e dará seguimento às diligências.