Casa caiu

Fábrica de “placas frias” de carros é fechada pela polícia

Uma verdadeira fábrica de placas frias de carros foi fechada e duas mulheres responsáveis pelo funcionamento do “negócio” acabaram presas em flagrante na tarde desta quarta-feira (3). A ação foi realizada pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e ainda apreendeu três prensas, mais de 400 placas virgens, 750 matrizes alfanuméricas, tarjetas de diversas cidades e outros materiais utilizados na confecção.

De acordo com o delegado Rodrigo Brown, o esquema já estava sob investigação, mas as mulheres foram localizadas devido a uma denúncia anônima. “Nos informaram que elas realizariam a entrega de um jogo de placas fabricado por elas no estacionamento de um supermercado situado no bairro Pinheirinho”, disse.

Com essa informação, a equipe foi ao local e aguardou as “empresárias” entrarem em ação. “Eles perceberam um Jetta prata em atitude suspeita e verificaram que estava em nome de um homem preso pela Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC) na semana passada. O carro foi abordado e as duas moças em seu interior levavam as as placas adulteradas”, informou Rodrigo.

Na ação, foram presas em flagrante Sueley de Souza, 26 anos, e Patrícia do Rocio Carvalho, 27 anos. A primeira confessou o crime na delegacia, enquanto Patrícia permaneceu em silêncio, mas foi denunciada pelo próprio celular. “Ela não parava de receber mensagens com pedidos de placas”, comentou o delegado, que agora investiga todos os “clientes”.

A casa caiu

Continuando as diligências, os policiais seguiram até a residência de Patrícia, também no bairro Pinheirinho, onde encontraram 26 placas frias e um contrato referente a um imóvel alugado no bairro Capão Raso. “Esse contrato estava escondido em um móvel da casa, o que chamou a atenção dos policiais. Então, fomos até o local e nos deparamos com uma verdadeira fábrica de produção em larga escala de placas clandestinas”, pontuou o delegado.

Segundo ele, a dupla vendia cerca de dez placas por dia com valores entre R$ 350 e R$400 cada, ou seja, obtendo aproximadamente R$4 mil por dia. Agora, a dupla responde por adulteração de sinal de veículo automotor e formação de quadrilha, enquanto o Cope segue a investigação a fim de identificar os demais envolvidos.

Vídeo

Veja a entrevista com o delegado Rodrigo Brown: