Um ex-professor de Física, de 56 anos, suspeito de cometer crimes de ameaça, difamação, injúria e injúria racial contra colegas de profissão, foi preso na tarde de terça-feira (28/11), por policiais do 4º Distrito Policial (DP) da Capital, em uma via pública do bairro Boa Vista. O homem dava aula em uma escola estadual, localizada no bairro Ahú.
O ex-professor estava sendo investigado há aproximadamente dois meses, quando começou a praticar os crimes. Desde então diversos professores e vice-diretores, procuraram a polícia para registrar Boletim de Ocorrência, relatando que estavam sofrendo ameaças do homem.
Segundo informações policiais horas antes de ser preso, o homem foi até a agência central dos Correios, onde enviou cerca de dez caixas contendo fezes, dele próprio e de animais, bem como cascas de banana, que seriam encaminhadas para destinatários diferentes – todos funcionários do colégio que ele trabalhava e também servidores da Secretária de Educação.
O delegado-titular da unidade, Gutemberg Luz Neves Ribeiro, afirmou que o homem já tinha feito o mesmo em outras ocasiões. “Desde que o homem parou de dar aulas, em dezembro de 2016, ele entendeu que o afastamento foi uma espécie de retalhação e passou a enviar e-mails ameaçando e difamando os professores e diretores do colégio, além de encaminhar cartas ofensivas e caixas contendo fezes”, informou o delegado.
Conforme apurado pela equipe o ex-professor dava aulas no ensino público há cerca de 20 anos e foi afastado em razão de um Procedimento Administrativo Interno (PADI), o qual relatava que o suspeito se comportava de forma inadequada, não se entendia com os funcionários do colégio e também desrespeitava os seus superiores.
O homem prestou depoimento no 4º DP, onde foi autuado pelos crimes de ameaça, difamação e injúria qualificada. “O crime de injúria se agravou por causa das agressões raciais, que o ex-professor cometeu. E esse tipo de crime é inafiançável”, finalizou Ribeiro.
O ex-professor foi encaminhado para o Setor de Carceragem Temporária (Secat) do 3º DP, onde permanece preso à disposição da Justiça.