Suspeito pelo crime de ódio que terminou com a morte da moradora de rua Andreia de Aguiar Coelho, de 43 anos, o empresário Imad Hamdar foi preso na noite da última quinta-feira (4). Ele foi localizado no município de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e pode pegar até 30 anos de prisão.

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De acordo com a Polícia Civil, a mulher estava deitada com o companheiro Cleverson Leandro Franceschini, 37, quando se envolveu em uma discussão com Imad, que retornou ao local e efetuou diversos disparos contra as vítimas. O suspeito pelo crime foi identificado na mesma semana do homicídio. No entanto, permaneceu foragido por mais de um ano.

Segundo a delegada Sabrina Alexandrino, foi necessária uma denúncia anônima feita aos policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para que a prisão acontecesse. “Recebemos uma ligação dizendo onde ele estava e que roupa vestia. Imediatamente fizemos contato com o secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Gabriel Castanheira, que localizou o empresário e fez a prisão”, explicou.

Delegada falou sobre o caso. Foto: Divulgação/Polícia Civil.

Castanheira contou que Imad tinha comprado um apartamento de luxo em Balneário, avaliado em mais de R$ 2 milhões. No entanto, como o imóvel ainda não havia sido entregue pela construtora, ele estava dormindo em hotéis da cidade e foi preso no momento em que estava em uma banca de jornal.

O crime

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Câmeras de segurança da praça Osório registraram o homicídio no dia 27 de março de 2016. Nas imagens, é possível ver o momento em que Imad chega, acompanhado de outro homem, e discute com os dois moradores de rua. O motivo seria o fato de o empresário ter dito aos dois que não gostava de moradores de rua.

Revoltado, o homem saiu da praça dizendo que voltaria armado e, quando o casal já se preparava para dormir, ele retornou. Desta vez, estava sozinho e carregava um revólver calibre 38. Ele chegou próximo aos moradores e efetuou os disparos que mataram Angélica e atingiram o rapaz no braço.

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Armas

Imad morava em um prédio na praça e é pai de um comerciante da região. Na residência dele, na época, os policiais encontraram um simulacro de arma de fogo e duas máquinas de choque. No fim do ano passado, também foram localizadas uma arma calibre 32 e outra 22 em uma chácara do empresário. Porém, a arma utilizada no crime ainda não foi encontrada.