Eduardo Purkote, preso na última quinta-feira (15) por suspeita de envolvimento no assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas, prestou depoimento na delegacia de São José dos Pinhais, na tarde desta segunda-feira (19). Ele reiterou tudo o que havia dito no primeiro depoimento, ainda na condição de testemunha.

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Conforme o advogado de Eduardo, Ricardo Dewes, cada envolvido no crime deu a sua versão e alguns, incluindo Edison Brittes, atribuiram a Eduardo algum tipo de participação diferente. Conforme os depoimentos, Eduardo teria agredido Daniel, quebrado o celular do jogador (aparelho ainda não localizado), ajudado a arrombar a porta do quarto do casal Brittes e também seria a pessoa que foi até a cozinha pegar a faca com que Edison matou Daniel.

“No depoimento de hoje, o Eduardo falou exatamente a mesma coisa que antes. Não foi o Eduardo quem arrombou a porta, ele não entrou no quarto, não pegou faça, não quebrou o celular de ninguém e também não agrediu ninguém. Ele estava num ambiente separado da casa, com outros convidados, quando começou a gritaria e as agressões. Então ele ficou num canto parado assistindo tudo”, afirmou o advogado.

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Veja o que o diz o advogado de Eduardo Purkote

Reconhecimento

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Eduardo foi preso depois do depoimento de outra jovem que estava na casa, Evellyn Brisola, 19 anos, que afirmou que havia dois irmãos gêmeos na casa e que um deles participou das agressões. Sendo assim, um dia após o depoimento, ela voltou à delegacia para fazer um reconhecimento fotográfico de qual dos dois irmãos ela falava no depoimento. Como são gêmeos, o reconhecimento se deu também pelas roupas e pelo corte de cabelo, o que acabou resultando no apontamento de Eduardo como suposto autor das agressões. Na quinta-feira do feriado de Proclamação da República, Eduardo foi preso em sua casa.

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“A Evellyn permaneceu na casa depois de todo o ocorrido, depois das outras testemunhas irem embora. Limpou a sujeira de sangue e fez almoço para quem permaneceu lá. Não tem como dar credibilidade ao que ela fala”, diz o advogado, referindo-se ao fato de que o depoimento dela pode estar “contaminado” segundo o relacionamento dela com a família Brittes.

Eduardo, que está preso na delegacia de São José dos Pinhais, deve ser levado ao Fórum local para interrogatório, no manhã desta terça-feira (20).

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