Denúncias de extorsão levaram policiais da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) e dois comerciantes, do ramo de fogos de artificio, para trás das grades na manhã desta terça-feira (8). Entre os presos, o delegado Vinicius Borges Martins, seis investigadores e um escrivão foram detidos, todos pertencem à especializada. As prisões aconteceram depois de uma denúncia feita na Corregedoria da Polícia Civil.
As prisões são em caráter temporário, por cinco dias, podendo ser prorrogadas por mais cinco dias e até convertidas em preventiva. Conforme apurou a Tribuna do Paraná, o crime aconteceu entre os meses de novembro e dezembro de 2015. Os policiais civis teriam exigido dinheiro dos empresários que fornecem fogos de artifício nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, para que não fizessem a apreensão das cargas.
A Corregedoria investigou cinco casos de concussão (extorsão praticada por funcionário público) – dois em novembro de 2015 e três em dezembro do mesmo ano. Ainda de acordo com o apurado, há ainda uma denúncia que os investigadores teriam exigido dinheiro do dono de uma oficina mecânica para não apreender um veículo com irregularidades.
Além do crime de concussão, os detidos são suspeitos de associação criminosa. O delegado foi encaminhado à carceragem do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Já os investigadores e o escrivão foram levados para a cela da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Os comerciantes devem ser encaminhados a uma unidade prisional depois de prestarem depoimento na Corregedoria.
Conforme a Polícia Civil, os presos todos estão à disposição da Justiça. Paralelamente, além do inquérito policial, a Corregedoria da Polícia Civil informou que vai instaurar um procedimento administrativo interno para apurar transgressões disciplinares, podendo resultar em demissão do servidor público.