Divergências!

Defesa de acusado de matar músico em briga por causa de som alto pede exumação do corpo da vítima

Foto: Reprodução

A defesa do empresário Antônio Humia Dorrio, de 49 anos, suspeito de ter matado o engenheiro Douglas Régis Junkes, em maio do ano passado, entrou com um pedido de exumação do cadáver. Segundo a defesa, há uma divergência entre os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal do Paraná.

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Segundo a defesa, para o Instituto de Criminalística, Douglas foi atingido por quatro disparos. Já para o Instituto Médico Legal, foram cinco tiros, sendo que um deles na testa da vítima.

Além da contradição relacionada a ausência de marca de tiro na testa, a defesa do empresário aponta que há outras controvérsias nos laudos da perícia e necropsia. O laudo sugere que há cinco marcas de entrada de tiros no corpo do engenheiro Douglas Regis Junkes, de 36 anos, mas no revolver a perícia aponta que foram quatro as munições deflagradas. Há também no laudo o registro de entrada de um tiro na região orbital esquerda, mas o tiro, na verdade, teria entrado pelo lado direito.

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O pedido de exumação foi protocolado pela defesa na 2.ª Vara do Tribunal do Juri, no fim da tarde de terça-feira (15), pela defesa. Agora, o juiz deve pedir vistas ao pedido para o Ministério Público do Paraná, antes de tomar a decisão. “A exumação é a única forma de dirimir as divergências com relação aos laudos. A expectativa é que ela seja deferida”, diz o advogado de defesa Adriano Bretas.

A defesa pretende provar que a morte do engenheiro ocorreu durante uma luta corporal, após uma longa discussão entre os dois vizinhos, com os disparos sendo deflagrados pela disputa da arma. Essa versão difere da versão de que o empresário Antonio Dorrio teria executado a vítima. “Não houve mira em direção à vitima, não foram disparos aglutinados, foram disparos aleatórios. O primeiro, inclusive, atingiu a mão do meu cliente”, afirmou o advogado de defesa.

Mudança de rumo

Caso haja a exumação do corpo de Douglas Junkes e se confirme que os laudos da necropsia têm problemas, o julgamento do caso pode tomar outro rumo, com possibilidade de uma pena mais branda, caso Antonio Dorria seja condenado, até mesmo uma possível absolvição. O engenheiro aguarda o andamento do processo em liberdade.

 

O crime

A confusão aconteceu depois que Antônio foi até o apartamento de Douglas supostamente para tirar satisfação a respeito do barulho. Houve uma discussão e Antônio disparou três vezes contra o vizinho, que morreu no local. Na época do crime, o delegado Fábio Machado dos Santos afirmou que Antonio tinha ido duas vezes pedir para que o som fosse diminuído. “Quando foi pela segunda vez, se armou e aconteceu a tragédia”, contou o delegado logo após a prisão de Antônio.

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