Ainda buscando entender como aconteceu a morte de Camila Cristine de Carvalho, de 22 anos, a Polícia Civil de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), conseguiu a prisão temporária de Ronaldo Cavali, de 26, o ex-marido da jovem. O rapaz é apontado como suspeito da morte, que aconteceu enquanto a moça estava dentro do caminhão dele na Rodovia da Uva, a PR-417, e vai responder por feminicídio.

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“O que ele nos falou sobre o ocorrido ainda não convence, principalmente porque não bate com o que vimos no local. Além disso, estava embriagado”, explicou o delegado Erineu Portes.

Segundo o delegado, Ronaldo disse que os dois teriam discutido e que a jovem teria se jogado da janela. “Apesar disso, eles moravam em Almirante Tamandaré e ele estava em Colombo. Não ficou claro o motivo de desviar do trajeto, apesar dele dizer que estava a caminho da casa de uma irmã. A história continua mal contada e é pelas provas que estamos buscando esclarecimento”.

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No momento do acidente, Ronaldo não chegou a prestar socorro à Camila. “Mas o que nós vimos no local é que ele pode ter mexido no corpo, pois havia duas manchas de sangue, com uma distância de aproximadamente 20 metros uma da outra”, avaliou o delegado.

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O teste do bafômetro feito em Ronaldo mostrou a polícia que o rapaz estava com 0,61 miligramas de álcool por litro de ar expelido (mgl). “Por isso, ele também vai responder pelo artigo 306 do código de trânsito, por dirigir embriagado”.

“O que ele nos falou sobre o ocorrido ainda não convence, principalmente porque não bate com o que vimos no local”, disse o o delegado Erineu Portes.

A juíza de plantão decretou a prisão temporária e agora uma audiência de custódia vai definir se Ronaldo ficará apenas o tempo já determinado ou se essa prisão vai ser convertida em preventiva. “O que nós vamos fazer nos próximos dias é ouvir familiares e conhecidos do casal. Também buscamos por uma amiga da jovem, que estaria com ela na noite do crime, pois queremos entender se ela sabe de alguma coisa ou não, talvez possa inclusive nos ajudar”.

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Aos policiais, Ronaldo não negou que passou a noite com Camila. “Mas ele não quis dizer quase nada sobre o que aconteceu, por isso suspeitamos da história. Inclusive disse ao pai da jovem, quando bateu ao portão da casa da família, que se ele quisesse ver a filha viva teria que o acompanhar, mas Ronaldo já sabia que Camila estava morta”, contou o delegado.

Foto: Reprodução/Facebook

Antes do crime, por volta das 20h, o rapaz postou uma foto com Camila no Facebook. Na postagem, Ronaldo dizia que estava se sentindo feliz ao lado da jovem. “A família dela contou que os dois estavam até tentando reatar, mas que a relação não era boa por causa do histórico violento que ele tinha”, completou Erineu Portes.

Ronaldo continua preso na Delegacia de Colombo, no Centro da cidade. Enquanto as investigações não terminam, os policiais também esperam a conclusão do laudo da Polícia Científica.

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