João Victor Baldin de Jesus, de 19 anos, andava de bicicleta na Rua Eduardo Pinto da Rocha, na Vila Osternack, Sítio Cercado, em Curitiba, quando foi morto. O crime aconteceu na noite desta segunda-feira (12) e um rapaz, que ao que tudo indica não tinha nada a ver com o foco dos atiradores, também foi atingido na perna.

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A morte do rapaz colocou a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda mais em alerta, pois foi a sétima em 20 dias. Conforme apurou a Tribuna do Paraná, eram por volta das 22h quando o atirador se aproximou. Acompanhado de uma mulher e de outro homem, o autor dos disparos não poupou munição e acertou João com quatro tiros.

Enquanto João Victor caía morto no asfalto, ao lado da bicicleta, um rapaz que chegava à casa da namorada ouviu os disparos e segundos após isso reparou que foi atingido. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital do Trabalhador (HT).

Investigações

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Mesmo com os ânimos ainda exaltados após as primeiras horas do crime, os policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já buscavam por informações que os levassem a, pelo menos, motivação do crime. Conforme a DHPP, familiares disseram que João era usuário de drogas, mas que o crime não tinha acontecido por conta disso e sim por causa de um relacionamento com uma jovem. A família só não soube dizer o nome da garota.

O rapaz baleado foi identificado e ouvido, informalmente, ainda no hospital. Ele disse aos policiais que logo que chegou próximo à casa da namorada ouviu estampidos fortes e percebeu que tinha sido atingido. Indagado sobre o autor dos disparos, ele disse que, por ter ficado nervoso, não conseguiu ver sequer como o atirador estava vestido.

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Crimes acumulando

A morte de João Victor é mais uma que vai se juntar aos outros seis assassinatos que aconteceram em 20 dias na mesma região. Segundo o delegado Leonardo Carneiro, responsável pelas investigações dos crimes no bairro, a polícia já trabalha de forma incansável para descobrir se existe relação entre os crimes. “Inicialmente a gente não consegue demonstrar relação, mas isso também não pode passar despercebido, pois pode ser que exista uma disputa por tráfico de drogas na região”, explicou.

Essa disputa por tráfico, conforme suspeita o delegado, pode ser o principal motivo das mortes no bairro, de pessoas que seriam adversárias tentando tomar o comando. “Apesar de muitas suspeitas, continuamos investigando para encontrar o rumo certo de cada crime”.

Para colaborar com as investigações, o delegado disse que a DHPP depende de depoimentos de familiares e que haja colaboração com o trabalho dos policiais. “Cada caso é um caso, por isso, não podemos afirmar a motivação ao certo de todos os crimes ainda, mas as denúncias, quando existem, são muito importantes”. O telefone da DHPP é o 0800-6431-121.