Com a calmaria nesse período de final de ano, os policiais de plantão na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também tiveram tempo para comemorar. Se comparado ao ano passado, as festividades de 2017 foram mais tranquilas, com metade das mortes registradas em 2016. Até a manhã desta quarta-feira (3), Curitiba não registrou nenhum assassinato desde a noite de domingo, dia 31 de dezembro de 2017.
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O último crime registrado na capital aconteceu ainda antes da virada, na noite de domingo (31), no Caximba. Marcos Cordeiro Pinto, de 48 anos, foi morto no quintal de casa na invasão Primeiro de Setembro. O atirador, que estava com uma camiseta de algum clube de futebol, ainda não foi encontrado e a polícia ainda não divulgou o que motivou o crime.
Segundo o balanço do Instituto Médico-Legal (IML), a única morte que aconteceu em Curitiba, no começo da madrugada desta segunda-feira (1), não conta como homicídio, já que foi de um suspeito de arrombar casas no bairro Boa Vista que teria se envolvido num confronto.
Virada violenta em 2016
Conforme a DHPP, em 2016, do dia 24 ao dia 31 de dezembro, seis pessoas morreram em Curitiba. No mesmo período deste ano que passou, três pessoas morreram na capital paranaense. “Esse número foi menor em 2017, reflexo do trabalho contínuo não só da DHPP, mas também da união das forças de seguranças”, definiu o delegado Fábio Amaro.
A queda nas mortes no período de festas de final de ano, segundo o delegado, é um reflexo da estatística anual que também baixou. “Ainda estamos fechando estes números, mas já podemos adiantar que, em 2017, tivemos aproximadamente 98 homicídios a menos que em 2016, o que vai representar queda de 20%”.

Fábio Amaro considerou que, além do trabalho em conjunto das forças de segurança, que envolvem também a Justiça, as prisões dos homicidas também mostrou que polícia está atuando. “Isso diminui a sensação de impunidade, porque se nada for feito, quem mata no bairro de periferia e não é preso, acaba matando mais gente”.
No ano passado, a DHPP atuou também de forma rigorosa, em alguns casos em parceria com a Polícia Militar (PM), em zonas mais críticas de Curitiba, como o Tatuquara, o Sitio Cercado e a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e uma forte ajuda aos policiais civis tem sido o disque-denúncia. “As pessoas estão acreditando mais na polícia e denunciando. A população sabe que, ligando, a polícia vai ter conhecimento do que está acontecendo”. O telefone é o 0800-643-1121.
RMC
A calmaria registrada na capital não se repete na Região Metropolitana de Curitiba. O primeiro assassinato de 2017 aconteceu em Piraquara, por volta das 9h de segunda-feira. Thiago Henrique Cordeiro Rejei, de 19 anos, foi morto a tiros dentro de um ferro velho na Rua Otávio Ignácio da Silva, no Guarituba. A Polícia Civil da cidade investiga o crime, mas ainda não encontrou nenhum suspeito e não divulgou o que pode ter motivado.
Além do primeiro crime do ano, a RMC já registrou outras duas pessoas foram mortas em diferentes situações desde o primeiro dia de 2018. Em Almirante Tamandaré, na tarde de segunda-feira, o corpo de um homem foi encontrado num matagal. Já em Bocaiuva do Sul, na madrugada desta terça-feira (2), pais encontram filho, de 19 anos, morto com tiros no rosto e no peito na Estrada do Rio Abaixo.
