Mantendo pornografia infantil em seus computadores e alguns deles compartilhando pela internet, pelo menos nove homens se deram mal na manhã desta terça-feira (19). Eles foram alvos de uma operação da Polícia Civil que tinha como foco confirmar denúncias e combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Dos nove identificados, cinco foram presos e os outros quatro foram indiciados.
Ao todo foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Os alvos foram identificados em Curitiba, Almirante Tamandaré, Londrina, Foz do iguaçu, Cascavel, Palmas, Pato Branco e Cambé, o que fez com que a ação policial abrangesse quase todo o Estado.
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Conforme a polícia, todos os investigados mantinham, de alguma forma, material de foto e vídeo que continha conteúdo explícito envolvendo crianças e adolescentes. “O que, por si só, já considera crime, pois armazenar esse tipo de material é crime previsto em lei”, destacou o delegado José Barreto, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
Entre os presos, um deles foi detido em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e os outros nas demais regiões do Estado. “Todos os que foram presos, tinham material. Apesar disso, não há suspeita de que algum deles tenha produzido esse material e sim baixado e compartilhado”, detalhou o delegado.
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Além dos detidos, outros quatro homens foram indiciados, mas não chegaram a ser presos neste primeiro momento. Isso porque, conforme explicou o delegado do Nucria, não estavam em flagrante porque deletaram os conteúdos dos equipamentos que estavam com eles. “Como confirmaram que baixaram, mas deletaram depois de assistir, apreendemos os equipamentos e eles vão ser investigados. Se ficar comprovado que realmente baixaram e compartilharam o conteúdo, vão responder pelo crime”.
Tanto com os homens presos como também com os indiciados, a polícia apreendeu computadores, notebooks e também em HDs externos e pendrives. A ação teve apoio do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) e o delegado Demetrius Gonzaga confirmou que muito conteúdo foi encontrado. “Tudo foi apreendido e agora vai passar por perícia. Mas o que é importante salientarmos é que, até quando alguém deleta um arquivo, nós conseguimos descobrir. Também vamos buscar saber se essas pessoas passavam para alguém ou não”, explicou.
Os investigados vão responder pelo crime de pornografia infantil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, que até cabe fiança, mas depende de cada caso. Esse crime trata-se de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”.
Alerta importante!
Conforme as investigações, nenhum dos suspeitos teria abusado de alguma criança ou aproveitado das redes sociais para manter conversas com adolescentes, por exemplo, mas isso também vai ser investigado. Apesar disso, o delegado do Nuciber destaca que o alerta é importante. “Principalmente porque não temos um perfil exato de um tipo de pessoa que compartilha e assiste esses materiais, então pode ser qualquer um que está nas redes sociais, por exemplo”, destacou Demetrius.
Segundo o delegado, estes nove investigados vão passar por um procedimento investigativo para que a polícia forme um perfil dessas pessoas. “Vamos traçar, sim, um perfil de cada um. Pois é assim que conseguimos saber detalhes dos envolvidos”.
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