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Mesmo com uma condenação de 70 anos de prisão, Rolandi Auriliano da Silva, de 46 anos, estava solto. Ele foi preso pela equipe do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), na manhã desta sexta-feira (17), suspeito de abusar uma menina de 11 anos em dezembro de 2016, além de tentar estuprar uma jovem de 19 anos um mês antes.
Os crimes, segundo a polícia, aconteceram na casa do homem, no bairro Ferraria, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com ele, a polícia apreendeu um celular roubado de uma das vítimas.
As investigações começaram quando a família da criança abusada sexualmente registrou um boletim de ocorrência (B.O), relatando que a criança tinha sido abusada sexualmente. O crime aconteceu quando a menina seguia para a escola que estudava, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Conforme informações levantadas pela equipe, no dia do fato, o suspeito estava dirigindo um Siena, mas parou o carro e foi em direção a garota. “Ele a arrastou até o carro com extrema violência, utilizando de força corporal para consumar o fato”, contou o delegado Tito Lívio Barrichello.
Atrás dos passos
Depois do crime, a criança abusada sexualmente ficou aproximadamente 30 dias internada em um hospital de Curitiba. Durante as diligências, a polícia localizou um B.O registrado em novembro de 2016, por uma jovem de 19 anos, que relatava uma situação semelhante a que equipe investigava.
“Ambas as vítimas foram atacadas numa sexta-feira, no mesmo horário e na mesma região da CIC. Tanto a criança, quanto a jovem, foram arrastadas para dentro do veículo do suspeito, que já estava com o banco traseiro abaixado, provavelmente para facilitar o estupro”, explica o delegado.
A jovem não chegou a ser abusada pelo homem, porque ela entrou em luta corporal com o autor e o homem só conseguiu levar dela um celular. Os policias passaram a trabalhar em cima do caso e relacionar as situações já que, segundo o Nucria, as ações eram basicamente iguais.
Passado complicado
Durante as investigações, as duas vítimas reconheceram o suspeito, confirmando as suspeitas dos policiais. O Nucria acredita que o suspeito tenha praticado mais crimes de estupro, devido ao seu modo de agir violento e organizado. Rolandi já cumpriu 14 anos de pena no Sistema Prisional, por associação criminosa, mas possui condenação de 70 anos de reclusão, por assalto a bancos e joalheiras.
Na delegacia, Rolandi Silva confessou o crime e foi indiciado por estupro de vulnerável, devido ao crime praticado contra a menina de 11 anos, e tentativa de estupro e roubo, referente a ação criminosa contra a jovem de 19 anos. Se condenado, poderá pegar pena superior a 20 anos de prisão. Ainda conforme o delegado, a vida criminosa do homem envolve crimes de furto, roubo, estelionato, tráfico de drogas e falsificação de documento público.
Sem medo
Para a Polícia Civil, novas vítimas devem aparecer ao reconhecer Rolandi pelas imagens. “É importante que as vítimas não tenham medo de denunciarem os atos. Nós estamos aqui para encontrar os suspeitos e puni-los”, alertou a delegada Patrícia Conceição da Paz, também do Nucria. O telefone da delegacia é o (41) 3270-3370.