O cheiro ruim em uma construção abandonada no bairro Tatuquara, em Curitiba, fez com que um morador da região fizesse uma descoberta desagradável. “Quando cheguei perto, constatei que era uma pessoa morta já em decomposição”, relatou o chacareiro Dimas Carraro, 42. O corpo foi encontrado dentro de um terreno na Rua Antonio Zanon e as roupas da vítima foram reconhecidas por uma mulher.

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Segundo Dimas, não é comum pessoas passarem pelo local, pois trata-se de uma propriedade particular com mato fechado e construções abandonadas, onde antes funcionava uma fábrica de explosivos. “Para entrar aqui tem apenas um acesso, que é pelo portão da casa dos chacareiros, mas ninguém viu pessoas entrarem aqui. Então, podem ter dado um jeito de vir pelo mato”, informou.

Segundo os soldados da Polícia Militar, Purcino e Rocha, o corpo está em avançado estado de decomposição e não foi possível identificá-lo. No entanto, aparenta ser um homem.

Possível identificação

Além disso, antes que a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegasse ao local, uma mulher foi à cena do crime com as fotos do sobrinho desaparecido. Segundo ela, o rapaz se chama Rosival Oliveira Lopes Júnior, 23, e sumiu de sua residência na Rua João andré Dias Parede na última terça-feira (17). Na ocasião, ele vestia bermuda jeans, camiseta e tênis.

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De acordo com a tia, o jovem estaria sofreando ameaças nas últimas semanas e já teria sido esfaqueado em uma briga de bar no mês de outubro. Por isso, a tia decidiu verificar a situação. “Ele mora com a avó, que está muito preocupada. Então, preciso ter certeza do que aconteceu”, afirmou.

Assim que a equipe de Criminalística e os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegaram, eles a acompanharam até o corpo, que estava em um local de difícil acesso e repleto de moscas ao redor.

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“O rapaz estava em posição dorsal sem calçados, com meias brancas, bermuda jeans de barrado xadrez e camiseta com uma samambaia na frente e o número nove atrás. Como o estado de decomposição é avançado, não é possível ver cicatrizes que o identificariam. Só que a senhora falou que ele estava com essas roupas e ela também lembrou do número na camiseta”, relatou a perita criminal Maria Cristina.

A tia deixou a cena do crime chorando muito, mas só terá certeza da identidade do rapaz após os exames, que devem demorar até 40 dias para serem divulgados.

Enquanto isso, ela pede informações a respeito do seu sobrinho. “Talvez não seja esse jovem. Então, se alguém souber do paradeiro do Rosival, pode me ligar”, pede. O telefone para contato é 9636-7397.

Vídeo

Veja a entrevista com o chacareiro Dimas Carraro: