A tentativa de assalto contra uma professora no Colégio João Ribeiro de Camargo, no bairro São Gabriel, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foi o estopim. Na manhã desta terça-feira (19), alunos, funcionários e professores se uniram para protestar contra a falta de segurança na região e o relato é o mesmo: todos têm pelo menos um conhecido que já foi assaltado chegando ou indo embora do colégio.
A ação dos bandidos, que quase tirou a vida da professora, foi nesta segunda-feira (18). Ela chegava para trabalhar na escola, que fica na Avenida Prefeito João Batista Stocco, quando uma dupla de assaltantes armados a rendeu.
Além de coronhadas no vidro, para fazer com que a mulher entregasse o carro, os bandidos ainda atiraram duas vezes. “Os tiros não acertaram a professora, mas foi por muito pouco. Isso nos motivou a protestar e pedir que haja policiamento por aqui. Estamos abandonados e cansados”, desabafou a professora Cristiane Pereira. Veja o vídeo:
Com cartazes e faixas produzidos pelos próprios alunos, quem convive todos os dias com o medo saiu em passeata pelo entorno do colégio. Os alunos e professores deram uma volta na quadra fazendo barulho, na tentativa de chamar a atenção das autoridades.
“A gente tem convivido com essa situação. Eu fui assaltado na vinda para o colégio, me renderam e levaram o celular. Com a gente tem sido assim: temos tido medo de vir a pé para estudar, porque não temos segurança nenhuma. Nos tornamos alvos fáceis”, comentou um aluno de 17 anos.
Em nota, a Polícia Militar informa que o 22º Batalhão “está aplicando seu efetivo em toda a cidade de Colombo diuturnamente” e que as ações foram intensificadas recentemente com a aquisição de novas viaturas. A PM cita que a Patrulha Escolar Comunitária também atua na região diariamente, além de fazer palestras e orientações em escolas. No entanto, a corporação prometeu reforçar as ações na região.
“Se as pessoas já possuem imagens de câmeras de segurança, bem como características de marginais envolvidos devem ir até a Polícia Civil e entregar o material, pois ela é responsável pela investigação de fatos já ocorridos. As pessoas podem fazer denúncias por meio do 181 e devem registrar o boletim de ocorrência, o que embasa a readequação do policiamento. A corporação orienta que os cidadãos utilizem o telefone de emergência 190 sempre que necessário”, orienta a PM.
Protesto!
Veja o protesto feito pelos alunos e professores da escola: