Hora e local errados?

Casal suspeito de integrar facção criminosa é preso com 70 tabletes de erva

Foto: Átila Alberti.

Quase 70 tabletes de maconha foram apreendidos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, na tarde dessa segunda-feira (31).  De acordo com a Corporação, a droga pertencia a Sidnei Deodato, 41 anos, e Lyangela da Silva, 29 anos, que foram presos em flagrante. O casal é suspeito de integrar uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Ao todo, são aproximadamente 51 quilos de entorpecente que, de repente, ficaram sem dono. “Eu não tenho nada com isso”, se defende Sidnei. Ele já tem passagem por tráfico de drogas, conforme a polícia, mas nega isso. Diz apenas que já foi preso duas vezes, por falsificação de documentos e falsificação de documentos públicos.

O homem e mulher estão presos no setor de carceragem temporária do Cope, à disposição da Justiça. Virados para a parede, vestidos com macacões laranja – cor associada à criatividade, mas que, neste caso, uniformiza a criminalidade – eles evitaram se mostrar. Talvez quisessem esconder a frustração de saber que podem pegar até 15 anos de prisão.

Investigações

De acordo com o delegado-titular do Cope, Rodrigo Brown, as equipes chegaram até os suspeitos graças à uma denúncia anônima. “A informação foi a de que eles estariam com uma grande quantidade de drogas. Nós nos deslocamos até o local indicado, no bairro Jardim Ipê, em São José dos Pinhais (RMC), e devidamente autorizados, entramos na residência e encontramos o casal no quarto de hóspedes pesando a droga”. A balança de precisão também foi apreendida.

Na hora errada, no lugar errado?

“Eu só vou falar na Justiça”, afirma Lyangela, com a postura curvada e a cabeça apoiada na parede, contra o símbolo da Polícia Civil. Alta, ela se encolhe tanto que reduz a estatura para 1,60. À polícia, no entanto, ela contou que era apenas uma amiga e que estava no local porque tinha sido convidada para almoçar.

Onde e por quê

O imóvel onde o Cope fez o flagrante é onde mora um sobrinho de Sidnei. “Pelo que nós apuramos, essa maconha seria distribuída em bairros diferentes de cidades da região metropolitana. Há inclusive a suspeita de que eles fazem parte de uma quadrilha que age a partir de dentro do sistema prisional. Então o nosso trabalho agora consiste na identificação da origem da droga e dos presos eventualmente envolvidos na facção”, completa.

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