Como se ter a própria empresa assaltada uma única vez já não fosse ruim o suficiente, um estabelecimento no bairro São Francisco, em Curitiba, foi invadido duas vezes em menos de 24 horas. Os roubos aconteceram entre a manhã da última sexta-feira (3) e o sábado (4), levando a um prejuízo que, segundo as proprietárias do local, gira em torno de R$ 20 mil.
Os roubos foram feitos pelo mesmo assaltante em momentos diferentes do dia. Ele começou pulando o portão e arrombando a porta às 7h30 de sexta, e, mesmo depois de um reforço na porta de entrada do estabelecimento, retornou na madrugada do mesmo dia. O espaço, chamado de Casabau, reúne arquitetura, decoração e brechó e iria lançar uma nova coleção de roupas no próximo sábado (11), mas cancelou o evento depois de ter cerca de 100 peças levadas pelo assaltante. Além das roupas, também foram levados um computador, uma impressora e caixas de som.
Apesar do susto das proprietárias, não é a primeira vez que a residência passa por esse tipo de situação. No início do ano, outros dois furtos resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 12 mil. E, como mesmo depois de reforço nos sistemas de segurança do local os furtos voltaram a acontecer, as empresárias querem se mudar dali. “A gente não aguenta mais, além dos danos materiais é muito dano psicológico, também”, conta Patrícia Porto, uma das sócias do brechó.
As câmeras de segurança do espaço flagraram a ação do ladrão, que agiu sozinho. “Em todas as vezes ele entrou e saiu muito rápido, em menos de cinco minutos. Por isso não deu tempo das equipes da empresa de segurança chegarem nas três primeiras vezes”, explica a empresária. Foi apenas na quarta e última invasão, que aconteceu no sábado pela manhã, que o carro de segurança chegou enquanto o ladrão ainda estava na propriedade. Mas, como o homem percebeu a presença dos vigias, acabou fugindo pela parte de trás do terreno – dessa vez sem levar nada.
Por enquanto, as proprietárias conseguiram a doação de uma tela que está sendo rifada online para ajudar a cobrir o prejuízo – cada número sai por R$ 10. As duas planejam, também, fazer um bazar para liquidar as peças que sobraram e arrecadar fundos para uma mudança de sede. Para onde vão, porém, ainda não fazem ideia: “É quase hilário dizer que estamos procurando um lugar mais seguro em Curitiba. A cidade toda está muito perigosa”, opina Patrícia.
Segundo a proprietária, foi feito um boletim de ocorrência e, desde o ocorrido, viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal têm rondado a região.