Assaltantes armados com fuzis realizaram um roubo a banco, na manhã desta segunda-feira (30), numa agência da Caixa Econômica Federal, na Rua Odir Gomes da Rocha, bairro Tatuquara, em Curitiba. Um policial acabou baleado, bem como um dos assaltantes, que morreu após tentar fugir da polícia.
Logo após a ação, os bandidos chegaram a fazer um ‘cordão-vivo’ com os clientes que estavam na agência, com o objetivo de dar proteção ao grupo até a chegada dos policiais.
Segundo informações do Coordenador do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Rodrigo Brown, foi uma ação criminosa ousada. “Muitas pessoas de bem foram expostas ao risco. Imediatamente, a Polícia Militar prestou atendimento e já colamos juntos. Estamos na mata com muitos policiais. Já constatamos uma pessoa baleada (que morreu em seguida) e armas apreendidas. Estamos empenhados para mostrar que em Curitiba esse tipo de crime não fica assim. Por se tratar da Caixa Econômica, a responsabilidade fica a cargo da Polícia Federal, mas estamos mantendo a cena do crime para passar a melhor situação para a investigação”, disse o delegado.
Policial baleado
Ainda sobre a ação dos marginais, um policial militar foi atingido de raspão, mas foi salvo pelo colete. “Não houve ferimento grave ao policial. Os elementos logo depois saíram para a mata. Fizemos uma varredura com o pessoal do canil e houve um confronto. Próximo ao corpo do marginal foram encontradas duas pistolas”, disse o coronel Hudson, da Polícia Miliar. Ao todo são cerca de 100 policiais na caçada aos marginais.
Um helicóptero da Polícia Militar foi usado e, segundo moradores, os indivíduos chegaram a atirar na aeronave. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram uma intensa troca de tiros entre os policiais e os marginais, o que gerou grande pânico entre populares que passavam pelo local bem no momento da ação.
“Trabalho em um condomínio ao lado da agência e estava indo com um carro de aplicativo, mas a polícia já tinha bloqueado as ruas, não passava nenhum carro. Então, desci do carro e continuei a pé. Pedi autorização do policial para poder passar, mas ele não quis deixar, mas eu precisava chegar no meu trabalho. Ele me alertou sobre os possíveis riscos de passar por ali, alguém poderia me fazer de refém ou até mesmo levar um tiro, de qualquer forma, resolvi arriscar. Está caótico, cheio de viaturas, helicóptero, barulho de sirene, está assustador. Passei em estado de choque”, relata Silviani da Cruz, que presenciou de perto a ação dos marginais.
Busca pelos criminosos
As buscas pelos assaltantes seguem durante a tarde desta segunda-feira. De acordo a polícia, o número exato de criminosos ainda não foi determinado, no entanto, as forças policiais devem seguir na região até que os homens sejam encontrados e presos. Conforme o coronel Hudson, a suspeita é de que até oito pessoas estavam envolvidas no crime. “Eram no mínimo três veículos envolvidos. O que foi visto, são no mínimo seis pessoas. De seis a oito”, destacou, em entrevista coletiva na tarde dessa segunda.
As forças policiais armaram um cerco, no entorno da região em que os suspeitos fugiram. Apesar de permanecerem no local, sem hora para finalizar a operação, a ação foi desmobilizada de grande parte dos agentes após o fim das varreduras. “No momento, não há mais um cerco no local. Foi cessada a busca, uma vez que foi feita toda a varredura não foram localizados outros indivíduos. Agora a ocorrência foi apresentada no Cope e dali será feita serão feitas novas investigações”, declarou o coronel.
A polícia afirma que espera contar com o apoio da população. “Agora um trabalho mais minucioso, mais velado, mas ele não acaba. A gente espera contar bastante com o apoio da comunidade no entorno, se (alguém) verificar alguma movimentação diferente na região de mata, nas vilas ou ruas que circundam a mata. Há a possibilidade destes marginais, que muito provavelmente estão homiziados (escondidos) na mata, saírem e tentarem fazer algum roubo de veículo na região para continuar a fuga ou até mesmo entrarem em uma residência, se homiziar, tomar alguma família dentro de uma casa, para evitar que a família informe a polícia que eles estão no local”, alerta um tenente do Comandos e Operações Especiais (COE) da Polícia Militar do Paraná, que trabalha na ação e que não quis se identificar.
Ainda segundo o tenente do COE, a orientação para quem suspeitar da presença de algum suspeito no bairro, é ligar para a polícia. “Qualquer informação que a comunidade no entorno tiver é só ligar 190 ou 181. No 181 recebemos a informação com a certeza de que a pessoa não vai ser identificada. Essa informação é repassada para a Polícia Militar, para que a gente oriente nosso trabalho na sequência”.
Agência fechada!
Em nota, a Caixa informou que a previsão de restabelecimento do atendimento na agência será apenas nesta terça-feira (1º). Nesta segunda-feira, a unidade ficará fechada e disponível para a perícia.
*Com informações do repórter Alex Silveira.
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