Depois de roubar o carro de uma mulher, no Alto da XV, um adolescente bateu numa viatura da Polícia Militar (PM), tentou fugir e provocou outro acidente antes de ser apreendido. A ação toda aconteceu na manhã desta quinta-feira (22) e por pouco ninguém se feriu, já que houve até um tiroteio com policiais militares no local.
A ação aconteceu por volta das 11h, no cruzamento das ruas Padre Germano Mayer com XV de Novembro. “A minha esposa estava saindo de uma loja de doces, da Rua Flávio Dallegrave, quando foi abordada pelo bandido. Ele lhe apontou a arma e levou o carro, mas na fuga na contramão, colidiu na viatura que patrulhava normalmente”, contou o homem, que pediu para não ser identificado.
Ao acertar a viatura, que seguia pela Rua XV de Novembro, o assaltante acelerou, atirou contra o pneu do carro que estavam os policiais e furou o sinal vermelho. “Eu, que vinha pela Rua Padre Germano Mayer, não tive nem como frear ou desviar. Quando vi, já tinha batido e o air bag do carro tinha acionado”, contou a professora, de 41 anos, dona da Tucson atingida pelo bandido.
Com o impacto da colisão, os dois carros pararam na esquina das duas ruas, próximo à marquise de uma loja. Quando viu que seria detido, o adolescente saiu pulando pelos carros e correu. “Passou por cima do capô do meu carro e tentou fugir, mas os policiais foram atrás, houve tiroteio e ele se entregou”, completou a mulher, que estava acompanhada do filho, de quatro anos, que não se feriu. “A cadeirinha o salvou, porque ela ficou toda destruída, mas não aconteceu nada com ele, graças a Deus”.
Quase adulto
Logo que apreenderam o rapaz, os policiais descobriram que ele, por muito pouco, não poderia ser preso. “O policial me disse que falta uma semana para ele completar 18. Infelizmente, né. Porque vai sair da delegacia e vai voltar a agir. Acho engraçado, que ele pode votar, mas não pode ser preso. Tem algumas coisas que a gente não entende”, desabafou a professora.
O rapaz, de 17 anos e 11 meses, foi encaminhado à Delegacia do Adolescente. Junto com ele, os policiais apreenderam uma arma, que foi recolhida e também entregue à Polícia Civil. Algumas testemunhas comentaram que ele não estava sozinho e que o comparsa teria fugido antes de tudo acontecer, mas a polícia não conseguiu confirmar se ele tinha companhia ou não.
À professora, alguns lojistas que lhe ajudaram no momento do acidente contaram que conheciam o adolescente e que não é a primeira vez que ele rouba carro no mesmo local. “O meu medo, é que moro na região e posso voltar a me encontrar com ele. Se ele ficasse preso, pelo menos, esse risco nós não correríamos”.
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