Juliana Teixeira de Matos, 25 anos, e Ricardo Cordeiro, 32, moravam há uma semana numa casa na Rua Carlos Essenfelder, no Boqueirão, em Curitiba. Foi neste endereço que eles foram mortos, na manhã desta quarta-feira (20), depois de o atirador render um funcionário de uma empresa de telefonia que instalava os equipamentos para eles.
A Tribuna do Paraná apurou que era por volta das 11h30 quando o atirador chegou encapuzado. O funcionário da empresa trabalhava puxando cabos em frente ao terreno, que tem várias casas, quando foi rendido pelo homem armado.
Ameaçado, ele foi o obrigado a deixar o atirador entrar e homem teve acesso à residência do casal, que ficava nos fundos. Os dois foram mortos à queima roupa e, por muito pouco, o filho de Juliana, um menino de dois anos, que estava com ela no momento do crime, não foi assassinado.
A criança foi retirada do local, mas, segundo os familiares, estava bem. “Ele (o atirador) só não matou o menino porque realmente não quis. Por estar encapuzado, acreditamos que seria até mesmo uma pessoa conhecida das vítimas”, disse o delegado Cássio Conceição, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Conforme a DHPP, os dois ainda dormiam quando foram baleados. Ricardo levou cerca de 10 tiros e Juliana dois. “Ela ainda conseguiu levantar e pegou a criança, mas caiu do lado de fora da casa. Por muito pouco, o menino não foi atingido mesmo”, contou o delegado, completando que, para a polícia, ficou claro que o alvo certamente era Ricardo. “E provavelmente a mulher também, mas não descartamos a hipótese de que ela possa ter morrido por consequência”.
A polícia já trabalha na investigação do crime e apura se o duplo assassinato não tem ligação com o passado de Ricardo, que já esteve preso. “Ele tinha passagem por roubo, receptação e estava foragido por roubo. Mas a motivação ainda é um mistério pra gente, embora já esteja evidente que foi uma execução”, explicou Cássio.
Ninguém, nem mesmo o funcionário da empresa de telefonia, soube dizer como o atirador fugiu. A DHPP busca por imagens câmeras de segurança, que possam ajudar nas investigações. Além disso, informações podem ser passadas através do disque-denúncia da DHPP, pelo telefone 0800-643-1121.