Está marcada para as 13h30 desta terça-feira (5) a primeira audiência de instrução e julgamento do caso do assassinato do soldado Marcos Rodrigues Ferreira, 40 anos, ocorrido no último dia 26 de julho. O policial militar do 13º Batalhão foi morto com um único tiro, em sua residência, no bairro Campo de Santana, em Curitiba. Em depoimento prestado à delegada Aline Manzato, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Karla Fernanda Menezes, 33 anos, confessou ter tramado a execução do marido. As investigações apuraram que o crime foi premeditado por ela e seu amante, o soldado do Exército Fernando Lemes, 18, que efetuou o disparo fatal.
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Na audiência desta terça, serão ouvidas a delegada Aline, que presidiu o inquérito policial do caso, e dez testemunhas de acusação, entre vizinhos da vítima, a mãe e a filha de Karla, a empregada do casal e um policial civil. Na próxima terça (12), serão interrogados Karla, Fernando e as testemunhas de defesa. Após a segunda audiência, abre-se o prazo para alegações finais do Ministério Público, assistentes de acusação e defesa. Depois disso, o juiz Daniel Surdi Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, vai proferir a sentença. Há três possibilidades: absolver sumariamente os réus, remetê-los ou não ao Tribunal do Júri.
“Nós temos plena convicção de que Karla e Fernando serão remetidos ao Tribunal do Júri, tendo em vista a farta prova processual que se encontra no inquérito: a confissão da Karla em três depoimentos, a confissão do Fernando no primeiro depoimento – já que nos outros dois ele voltou atrás e fala que só deu fuga ao atirador -, o exame pericial papiloscópico da digital do Fernando encontrada na maçaneta do veículo de Karla, e a perícia do celular da filha de Karla – em mensagens enviadas a duas amigas durante o depoimento à delegada, ela confirma que é coautora do homicídio e contribuiu para a morte dele”, aponta um dos assistentes de acusação, Mauricio Zampieri.
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A acusação pede a condenação de Karla e Fernando por homicídio duplamente qualificado e alteração da cena do crime. Contra Fernando, pesa ainda a posse irregular de arma de fogo, já que a arma apreendida com ela pertencia ao soldado. O único disparo perfurou os dois pulmões de Marcos.
Paralelamente a este processo, Karla também é investigada pela DHPP sobre uma suposta tentativa de envenenamento de Marcos, meses antes da execução.