Adelino Pereira Ramos, 45 anos, conhecido como “Mosquito”, era realmente o alvo dos atiradores que o mataram e assassinaram também a adolescente Aline Gabriele Chaves, 17, e Bruno Justiniano Ribeiro, 24. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira (4), dentro de um carro na Rua Joaquim Pinto de Souza, no Tatuquara, em Curitiba. Para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi mesmo um acerto de contas, mas não por uma dívida de Adelino e sim porque ele falhou com a organização criminosa que fazia parte.
Os dois que foram baleados junto com Mosquito, a polícia acredita que tenham morrido porque estavam no local errado e na hora errada. “A adolescente tinha ido até a casa de Adelino para vender roupas para a mulher dele. Ele a deu uma carona na volta para a casa e Bruno os acompanhava quando os atiradores apareceram”, explicou a delegada Aline Manzatto.
A investigação da DHPP apurou que Mosquito já tinha passagens criminais por homicídio, porte de arma e roubo. “Além disso, havia uma denúncia de envolvimento dele numa forte organização criminosa, que tem ramificações em todo o país. Ele não era alguém poderoso dentro dessa facção, mas sim uma espécie de soldado”.
Para a polícia já chegaram informações de que Mosquito teria falhado em algum tipo de “trabalho” que teria sido lhe pedido pela facção criminosa. “É que nós acreditamos que tenha sido o motivo do crime. Ele não conseguiu concluir essa obrigação lhe imposta e acabou morto num acerto de contas”, considerou a delegada.
Apesar das suspeitas e de um trabalho investigativo já avançado, a DHPP ainda apura as suspeitas sobre quem seriam os autores dos disparos. O Voyage que os três estavam foi atingido por quase 20 disparos, possivelmente de uma pistola calibre 9 milímetros, e por isso a polícia tem quase certeza de mais de uma pessoa participou do crime. Informações podem ser passadas pelo disque-denúncia da DHPP, pelo telefone 0800-6431-121.