A Justiça adiou o interrogatório de peritos que trabalharam na apuração da morte da fisiculturista Renata Muggiati. Eles seriam ouvidos, nesta quarta-feira (16), pelo juizado da Violência Doméstica em Curitiba, no que seria a penúltima audiência da fase de instrução do processo. No entanto, apenas quatro testemunhas de defesa do médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisiculturista, vão ser ouvidas.

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O adiamento da oitiva dos peritos se deu através de um pedido da defesa do médico. A justificativa foi construída com o argumento de que alguns trabalhos periciais ainda não foram concluídos.

Vale lembrar que uma investigação da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) revelou que o primeiro laudo sobre a morte de Renata Muggiati, que apontava um possível suicídio, era falso. Segundo o que a DHPP descobriu, o médico-legista Daniel Colman, do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, fez falsa perícia no corpo da fisiculturista.

Diante da confirmação da Polícia Civil, a direção da Polícia Científica afastou o servidor de suas funções no IML. Além do inquérito, um procedimento administrativo disciplinar foi aberto e os trabalhos foram concluídos recomendando a demissão do servidor. O procedimento foi encaminhado à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) e está no setor jurídico, para análise e parecer. Caso acolha a recomendação de demissão, o procedimento vai para a governadora Cida Borguetti, para última análise.

Testemunhas

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Nesta quarta-feira (16), a partir das 13h, a defesa de Raphael Suss Marques separou quatro testemunhas, que vão falar a favor do médico. Além delas, outras duas pessoas, uma de acusação e outra de defesa, também vão ser ouvidas, mas por carta precatória.

Esta seria a penúltima audiência da fase de instrução do processo, mas agora mais uma audiência deve ser marcada antes do fim do trabalho jurídico. Como os peritos ainda vão ser ouvidos em outro momento, o processo continua pelo juizado da Violência Doméstica.

Relembre

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Renata Muggiati foi morta em setembro de 2015 e o médico Raphael Suss Marques é o principal acusado do crime. No dia do fato, ele teria dito que ela se jogou da janela do 31º andar de um prédio, mas a DHPP descobriu, pouco tempo depois, que o homem teria simulado o suicídio da mulher e o médico foi preso.

Conforme as investigações, laudos do Instituto Médico-Legal (IML) comprovaram que Renata teria sido asfixiada antes da queda. Além disso, a DHPP descobriu contradições nos depoimentos de Raphael, que chegou a ser solto por causa de um segundo laudo do IML que teria dito o contrário do primeiro, mas a exumação do corpo esclareceu as dúvidas e ele foi preso novamente. Atualmente, o médico está solto, mas usando tornozeleira eletrônica.

Exumação do corpo de Renata Muggiati contradiz necropsia e aponta que houve asfixia