Segurança no Rio terá 3 mil homens do Exército

Três mil homens do Exército ocuparão áreas de risco e acessos a favelas entre as 9 horas de amanhã até a manhã de segunda-feira para garantir as eleições no Rio e coibir ações do tráfico. Três helicópteros foram deslocados para a cidade a fim de auxiliar nas operações. Oito mil homens estarão nos quartéis de prontidão.

O secretário de Segurança, Roberto Aguiar, havia divulgado que o Exército faria a segurança das zonas eleitorais, liberando a Polícia Militar para o patrulhamento nas ruas. Mas o relações-públicas do Comando Militar do Leste, coronel Ivan Cosme, afastou essa possibilidade. “O Exército pretende sempre atuar caracterizado pelo princípio da massa e da centralização. Não é interessante para nós e para o que possa ocorrer pulverizarmos nosso efetivo”, afirmou.

Os militares dividiram a cidade em 20 zonas, a partir de critérios como maior concentração de eleitores e maior risco de confronto. Esses locais, batizados de “pontos fortes”, foram definidos com base nos dados colhidos pelos órgãos de informação. Cada um dos “pontos fortes” terá um pelotão com 40 homens armados de fuzis e observadores para informar se há risco de ação do tráfico.

Segundo Cosme, se houver confronto provocado por traficantes, a PM será a primeira a agir e o Exército só será acionado caso a situação não seja controlada. Mas o coronel informou que haverá reação se os “pontos fortes” forem atacados. “Não vamos chamar a PM para socorrer a gente. O Exército é responsável por suas instalações e seus elementos”, afirmou. O relações-públicas disse ainda que o Exército não pretende colocar tanques nas ruas, mas informou que os veículos estarão prontos para serem utilizados, caso seja preciso.

O Rio foi patrulhado em outras ocasiões pelas Forças Armadas. Durante a Rio-92 (Conferência Mundial Sobre Meio Ambiente), que reuniu 100 chefes de Estado, 35 mil militares fizeram a segurança da cidade. No fim de 1994, o Exército ocupou morros, na chamada Operação Rio. Naquele ano, a corporação já havia feito a segurança de zonas eleitorais. Em junho de 2000, quando chefes de 45 países da América Latina, União Européia e Caribe se reuniram para a Cimeira, foram colocados 4 mil homens nas ruas.

Além do Exército, 22 mil policiais militares, 7 mil civis e 1.100 guardas municipais farão a segurança. A Marinha deixará três companhias de fuzileiros de prontidão. Diante de informações de que os presos estariam preparando uma rebelião para o domingo, o Departamento do Sistema Penitenciário aumentou o número de agentes de plantão em cada presídio e pediu reforço externo para a Secretaira de Segurança.

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