Uma companhia de descontaminação química, biológica e nuclear foi trazida pelo Exército para São Paulo e faz parte do esquema de segurança montado para a visita do presidente americano George W. Bush. A tropa veio de Goiás e pertence à Brigada de Forças Especiais do Exército. Não que haja ameaça de um ataque nuclear ou biológico. Mas a possibilidade de um ataque químico por meio de gases tóxicos não é um cenário completamente descartado.
Por enquanto, os órgãos de inteligência não receberam nenhuma informação sobre qualquer tipo de plano para atacar o presidente americano durante sua estada no Brasil. Mesmo assim, o esquema planejado pelo Comando de Operações de Segurança Integrada (Cosi) se prepara para imprevistos. A companhia de descontaminação está de prontidão na capital paulista para ser utilizada em caso de necessidade.
Mísseis de fabricação russa também estão protegendo o presidente Bush. São os Igla 9K-38, usados pelo Exército brasileiro. O equipamento foi trazido para a Grande São Paulo pelo 2º Grupo de Artilharia Antiaérea e, junto com canhões Bofors, de 40 mm, realizam a segurança do espaço aéreo da cidade ao longo da permanência do presidente dos Estados Unidos na capital.
Tropas das 11ª e 12ª Brigadas de Infantaria Leve foram distribuídas pelas ruas de São Paulo e Guarulhos, ao longo do trajeto dos 60 carros que compõem a comitiva do presidente americano. Ao todo, 1.200 homens armados com fuzis e metralhadoras MAG, calibre 7,62 mm, são os responsáveis por proteger todo o caminho de Bush e os pontos que ele visitará, além do hotel em que o presidente está hospedado – o Hilton do bairro do Morumbi, localizado na zona sul de São Paulo.