O ex-secretário de Transportes de São Paulo Jurandir Fernandes, responsável pelo Metrô de São Paulo até 30 de dezembro do ano passado, disse hoje que a responsabilidade pelo acidente na obra da Estação Pinheiros, que resultou na morte de sete pessoas, deverá ser apurada também pela seguradora.
Em entrevista à Rádio CBN de São Paulo, ele declarou que, além das investigações que estão sendo feitas pelo Ministério Público e pela própria Companhia do Metropolitano, as seguradoras responsáveis pela apólice, que somam cerca de R$ 250 milhões, têm interesse em apurar a origem da falha que provocou o acidente.
"Existe um seguro enorme nesta obra. São R$ 250 milhões. A seguradora não vai pagar um seguro desta magnitude sem apurar as causas. Elas também estão examinando", garantiu. "A verdade vai aparecer, onde houve a falha e o erro.
Fernandes contou que acompanhava a evolução das obras como um todo, mas não detalhes técnicos da construção, pois não teria condição de analisar tecnicamente os relatórios dos serviços. Segundo ele, a Companhia do Metropolitano tem condições de acompanhar as obras, pois dispõe de 32 engenheiros e cerca de 29 técnicos para monitorar o andamento das frentes de trabalho.
O ex-secretário afirmou ainda que o Metrô dispõe de um departamento de projetos com cerca de 50 engenheiros e técnicos projetistas que também acompanha o desenrolar dos trabalhos. Para ele, dizer que o Metrô não fiscaliza é um "absurdo". Fernandes assegurou também que o processo de licitação da obra foi internacional e cumpriu todas as fases legais.