Estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pela Serasa mostra que a inadimplência das empresas do País apresentou queda em agosto na comparação com o mês anterior. De acordo com a companhia de análise de crédito, houve recuo de 6,7% no período, após um crescimento de 2,7% verificado entre julho ante junho.

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No confronto entre agosto deste ano com o mesmo mês de 2005, o levantamento apurou variação positiva de 0,5%, considerada como um movimento de estabilidade pela Serasa. Já nos primeiros oito meses de 2006, a inadimplência de pessoa jurídica avançou 10,5% sobre o mesmo período do ano passado.

Conforme análise da Serasa, a queda na inadimplência, verificada na comparação mensal, refletiu a "priorização" dada pelo consumidor ao pagamento das dívidas já assumidas, proporcionada pela "melhora das condições de emprego e renda", e que deu um fôlego ao fluxo de caixa das empresas. Quanto ao crescimento no acumulado de 2006, a companhia destacou que o movimento foi conseqüência do "aumento do crédito, do elevado custo financeiro e da valorização do real", que teriam resultado na queda da rentabilidade das empresas exportadores – em especial as pequenas e médias -, dificultando o cumprimento do fluxo de caixa.

"Soma-se a isso a má concessão do crédito, sem metodologia adequada", acrescentaram os técnicos da Serasa, que, por conta da variação de 0,5%, também observaram que este resultado indica que as taxas de crescimento, na comparação anual, tendem a se estabilizar.

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A Serasa informou também que, entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados mantiveram a liderança no ranking da inadimplência em agosto, com a maior participação (40,2%) entre as empresas, ante 40,6% do mesmo mês do ano passado, e com valor médio de R$ 1.389,25 das anotações negativas no final dos primeiros oito meses de 2006.

Muito próximo dos títulos protestados, o segundo índice em representatividade das pessoas jurídicas foi o dos cheques sem fundos, que aumentou de 39,1 %, em agosto de 2005, para 40,1%, no mês passado, com valor médio de R$ 1.239,09.

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Em seguida, as dívidas registradas com os bancos tiveram a menor participação (19,7%), com um resultado inferior à participação de 20,3% do mesmo mês do ano passado. O valor médio no acumulado deste ano foi de R$ 3.587,78.

Na comparação com os primeiros oito meses de 2005, houve um aumento de 2,6% no valor médio das dívidas com cheques sem fundos e de 10,6% no valor médio das verificadas com os bancos até agosto de 2006. O valor médio dos títulos protestados, entretanto, foi 1,7% menor que no mesmo período de 2005.