Segundo Paulo Renato, Comissão do Orçamento não é a culpada

O deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP) manifestou-se nesta quinta-feira (31) contrário à extinção a Comissão Mista de Orçamento como forma de combater a corrupção, conforme proposta defendida pelo deputado Fernando Gabeira (PV-SP) "O problema não está no Congresso. Parcialmente está, mas se nós acharmos que acabando com a Comissão Mista de Orçamento vamos acabar com a corrupção no Brasil, estaremos naquela atitude de esconder ou jogar fora o sofá da sala porque houve adultério", argumentou.

Para Souza, a origem do problema está na execução orçamentária. "Sabemos que existe pressão, dentro da comissão, por essa ou aquela obra, que o deputado põe no orçamento e em troca recebe uma parte do dinheiro para financiar sua campanha. Enfim, isso é o que se comenta, mas não é toda a corrupção do Brasil. Nesse último escândalo, por exemplo, há denúncias no Luz para Todos, um programa de governo, não do Congresso", acrescentou.

Souza propôs também a criação de um tribunal especial no Supremo Tribunal Federal (STF), composto por membros indicados pelo STF, para julgar os crimes de corrupção e desvio de verbas públicas. Para ele, o STF tem uma quantidade de processos muito grande para julgar, e a criação de um tribunal especial com ritos próprios diminuiria a possibilidade de protelação dos processos. "Com isso, talvez nós tivéssemos, pelo medo da punição, uma redução significativa na questão da corrupção", sugeriu.

Ele defendeu o afastamento imediato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Eu acho que o presidente Renan Calheiros, como qualquer pessoa que é acusada de fatos graves e ocupa cargo público, deve se afastar e deixar que as investigações corram normalmente. Esse é o processo que deveria ser a regra no serviço público", opinou.

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