Segundo o IBGE, avanço da renda e crédito puxa venda de veículos

A melhoria da renda real e a continuidade da política de crédito com redução dos juros e ampliação do prazo de financiamento, foram os motivos apontados pelo técnico da coordenação de comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Reinaldo Pereira, para o aumento de 18,5% nas vendas de veículos, motos, partes e peças em março ante igual mês do ano passado. Na comparação com fevereiro, houve elevação de 4,4%. O segmento acumula expansão de 17,4% nas vendas no primeiro trimestre de 2007 ante igual período de 2006.

A renda e o crédito, além dos incentivos governamentais, também são apontados por Pereira como impactos positivos para o crescimento das vendas de material de construção (4,4%) ante março de 2006. Para essa atividade, não há dado comparativo a mês anterior.

O segmento varejista de equipamentos e material de escritório, informática e comunicação prossegue com aumentos significativos nas vendas. Em março, houve expansão de 24,9% ante igual mês do ano passado, acumulando um aumento de 20,2% no primeiro trimestre.

Câmbio

Pereira explicou que o câmbio, com a redução dos preços dos componentes importados, vem beneficiando esse segmento, assim como os incentivos oficiais como parte da política de inclusão digital. Ele observa também que esses produtos têm se tornado, cada vez mais, importantes na estrutura de consumo das famílias. Para essa atividade, não há dados comparativos a mês anterior.

Outra atividade que prossegue com crescimentos elevados nas vendas é o de móveis e eletrodomésticos, com variação de 18,1% ante março de 2006 e de 1,3% na comparação com fevereiro, acumulando alta de 20,5% no primeiro trimestre. Segundo Pereira, esses resultados continuam sendo impulsionados pela manutenção das condições favoráveis de crédito, aumento do rendimento e estabilidade do emprego e dos preços.

Combustíveis

O segmento de combustíveis e lubrificantes registrou, em março, o terceiro crescimento consecutivo nas vendas ante igual mês do ano anterior, após dois anos consecutivos de queda nesse indicador. Pereira disse que a estabilidade dos preços é o principal fator responsável pela reação nas vendas do varejo dessa atividade, que apresentou estabilidade (-0,1%) em relação a fevereiro.

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