Brasília (AE) – O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, procurou hoje (13) tranqüilizar a população. Ele afirmou que o consumo de carne contaminada com a febre aftosa, caso venha a ocorrer, não causa risco à saúde humana. "O drama da aftosa é econômico", disse. "A população pode ficar tranqüila." Ele explicou que os países embargam o produto porque temem que a carne oriunda de animais doentes contamine os rebanhos de seus países. As regras sanitárias internacionais determinam que animais doentes sejam sacrificados e as áreas infectadas sejam isoladas. Por isso, o surgimento da aftosa provoca graves prejuízos nos países afetados.
Rodrigues comentou a decisão de alguns Estados de proibir o comércio de animais vivos e produtos, inclusive leite, de Mato Grosso do Sul. "Essa decisão cria um desequilíbrio regional", disse. O ministro adiantou que esse problema será discutido amanhã, entre secretários estaduais de Agricultura e os superintendentes federais de Agricultura dos Estados componentes da zona livre de aftosa. São 15: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins, Acre, Rondônia e Distrito Federal.
Em todos eles, a aftosa é considerada controlada, na maior parte deles com o uso de vacina. Em Santa Catarina, a doença é dada como inexistente e por isso o gado não é vacinado.
O ministro lembrou ainda que o surgimento de focos de doenças não é fato raro. "Isso acontece. A vaca louca apareceu na Europa, Estados Unidos e no Canadá e não apareceu aqui. Um país livre está sujeito a ter doença", disse.