O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse na tarde desta terça-feira (15) sobre o mercado de câmbio que "o BC intervém sempre que acha que existem distorções de preço e visa também corrigir excessos". Meirelles reafirmou que o banco não tem uma meta para a taxa de câmbio. "Não permitiremos que haja excesso dos mercados ou que as cotações (do câmbio) se distanciem muito daquelas indicadas pelos fundamentos da economia", disse.
O presidente do BC acrescentou que a instituição tem um objetivo de acumulação de reservas "que tem se mostrado extremamente útil e valioso". De acordo com ele, as reservas aumentam a resistência da economia a choques e diminuem o custo de captação do País e das empresas brasileiras.
Ele afirmou também que o desejo de que os juros caiam "é de todos e está se concretizando". Meirelles lembrou que a Selic (taxa básica de juros) está no menor nível da história recente. "O importante é que nós persistamos na política de manter a inflação na meta e manter todos os demais indicadores econômicos na direção correta", disse. Ele repetiu que não há limites para reservas internacionais.
De acordo com Meirelles, o peso do câmbio nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) "já tem sido objeto de diversas análises que estão nos relatórios de inflação do Banco Central". No entanto, negou que seja o item mais importante para as decisões do Copom: "Não é um ou outro ponto". As declarações foram feitas em entrevista quando o presidente do Banco Central chegou ao 19º Fórum Nacional, na sede do BNDES