O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (27), em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos no Senado Federal, que a política de acumulação de reservas internacionais é importante para o Brasil e deve continuar. Ele destacou que as reservas hoje correspondem a cerca de 10% do PIB. Em outro países, ele disse que as reservas variam entre 15% e 30% do PIB. O processo de acumulação de reservas, de acordo com o presidente do BC, começou a ganhar importância no mundo em 1997, após a crise da Ásia. Desde então, para vários países tornou-se importante ter reservas internacionais e melhorar a situação fiscal.
Sobre o custo de acumulação dessas reservas, ele admitiu que hoje o nível de remuneração de suas aplicações é menor do que o custo de captação de recursos pelo Banco Central. Ele lembrou, entretanto, que a elevação de reservas tem propiciado uma redução dos custos de captação não só do Banco Central como também de empresas privadas e do próprio Tesouro Nacional. Meirelles lembrou que o Tesouro captou, neste mês, cerca de R$ 1 5 bilhão pagando taxas de juros em torno de 10%, em uma operação de 20 anos. Essa redução do custo, de acordo com ele, é resultado do grau de solvência do País gerado pelo crescimento das reservas e pela queda do risco Brasil.
Compulsórios
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, admitiu hoje, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que o nível dos compulsórios no Brasil é alto. De acordo com Meirelles os compulsórios estão acima dos padrões internacionais. Ele ressaltou que o BC vem priorizando nos últimos meses a redução dos juros. Mas destacou que, na medida em que a inflação convergir para as metas, será possível que os compulsórios façam a convergência no longo prazo para os níveis internacionais, assim como a taxa de juros.