O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (10) que, por enquanto, "o céu é o limite" para o aumento das reservas internacionais brasileiras. "Não há limite para o aumento das reservas. Se houvesse, nós não mencionaríamos. Por enquanto, o céu é o limite", disse ele ao ser questionado se o Brasil sairia de uma posição atual nas reservas equivalente a 10% do PIB para algo em torno de 20% e 25%.
"O Banco Central tem a conduta correta, que é fazer ações no sentido de melhorar as condições econômico-financeiras do País. Se adquirir mais reservas é fato que melhora as condições, então o Banco Central está agindo corretamente com esse objetivo de mostrar que o Brasil tem capacidade de pagamento e que não está sujeito ao ataque especulativo", completou.
Grau de investimento
Mantega avaliou que ainda não está no preço dos ativos brasileiros uma eventual antecipação de um futuro "grau de investimento" pelas agências de classificação de risco. "Mas estamos caminhando para isso", disse.
Ele acrescentou que os investidores não esperam a nota melhorar para aplicar os seus recursos no País. Por isso, os investimentos estrangeiros diretos têm batido recordes. "Mesmo porque, se o fizessem, eles perderiam o bonde. Eles já sabem que é melhor antecipar. Se eles prenunciam que o investment grade (grau de investimento) vai chegar, já tomam providências para se posicionarem e lucrarem depois com isso", afirmou.
A agência de classificação de risco Fitch elevou hoje a nota do Brasil de BBB- para BB+, o que coloca o País a um grau do "grau de investimento".