O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, disse nesta terça-feira (02) que a missa do Dia do Trabalhador foi realizada dia 1o de Maio no Morro do Anhangava sem causar danos ao meio ambiente. ?A determinação foi cumprida. A missa foi realizada na parte de baixo do morro e após a celebração o padre, o prefeito e cerca de 500 fiéis subiram o morro apenas para uma bênção, descendo logo em seguida?, disse Rasca. ?Desta forma, não causaram impacto ambiental e não foram autuados?, informou. A missa costuma reunir aproximadamente três mil pessoas.
Um grupo de universitários também esteve no Morro do Anhangava durante uma aula prática, instalando piquetes para medir o desgaste do solo caso a missa fosse realizada. Os resultados da pesquisa serão encaminhados para o IAP.
Na semana passada, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) havia encaminhado notificação extrajudicial à prefeitura de Quatro Barras, à Câmara de Vereadores do município, à Paróquia de São Sebastião, à Cúria Metropolitana e ao Ministério Público de Campina Grande do Sul informando que a missa só poderá ser realizada no pé do morro. ?Nos demais locais (no cume ou 200 metros abaixo dele), a realização do evento foi proibida pelo fato de causar possível degradação ambiental da vegetação local?, explicou o secretário.
De acordo com o secretário, o Morro do Anhangava compõe um parque estadual que está em área de transição entre dois biomas: mata atlântica e floresta de araucária.
Nos dias que antecederam à realização da missa, uma equipe composta por agentes do Instituto e oficiais do Batalhão de Polícia Ambiental e da Delegacia do Meio Ambiente esteve monitorando o Morro. Não foram identificados danos à vegetação local. ?Não somos contra a celebração da missa, mas eventos ou atividades que reúnem um grande número de pessoas em Área de Preservação Permanente são proibidos pela legislação federal?, finalizou Rasca.
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